Dilma defende aumento da idade mínima para aposentadoria

Nova regra prevê aposentadoria somente a partir dos 65 anos para os homens e 60 para as mulheres

A Reforma da Previdência é mais um ataque do governo federal aos trabalhadores

A presidente Dilma Rousseff (PT) segue dando provas de que os trabalhadores não são a prioridade em seu governo e voltou a defender a Reforma da Previdência, em entrevista realizada na quinta-feira (7). Segundo a presidente, o país “precisa encarar a Reforma” e “não é possível que a idade média da aposentadoria no Brasil seja 55 anos”.

Com isso, o governo federal confirma que continuarão os ataques à classe trabalhadora em 2016. Além das investidas contra os direitos trabalhistas e do aumento dos impostos, com a volta da CPMF, Dilma agora também quer alterar as regras da aposentadoria impondo a idade mínima de 65 anos para homens e 60 para as mulheres.

A medida, que depende de aprovação pelo Congresso Nacional, representa um desastre para toda uma geração de trabalhadores de baixa renda, que começam a trabalhar mais cedo para garantir o sustendo da família.

A previdência é deficitária?

A principal justificativa para a proposta apresentada pelo Planalto é um suposto déficit no orçamento da Previdência, ou seja, o governo arrecada menos do que gasta com as aposentadorias. No entanto, a história não é bem assim.

O dinheiro que abastece a Previdência não provém somente da contribuição do trabalhador. Na verdade, possui variadas fontes de arrecadação. Prova disso é a quantia desviada dos fundos previdenciários pela DRU (Desvinculação de Receitas da União).

A DRU é um mecanismo que permite ao governo repassar 20% do dinheiro da saúde, educação e previdência social para outras despesas consideradas prioritárias. Nos últimos cinco anos, cerca de R$ 345 bilhões foram retirados da previdência através da DRU e usados na manutenção do superávit primário (resultado positivo entre despesas e receita do governo) e pagamento da dívida pública.

Na prática, isso significa que toda essa quantia que deveria servir à aposentadoria dos trabalhadores está sendo destinada a um pequeno grupo de banqueiros.

A hora é de mobilização!

Para enfrentar os ataques do governo Dilma e impedir a Reforma da Previdência, o único caminho é a luta.

“Somente os trabalhadores organizados poderão impor uma derrota aos planos do governo federal. A hora é de mobilização e nós da CSP-Conlutas convidamos a CUT e as demais centrais sindicais a se somarem na luta contra os ataques à classe trabalhadora”, convoca Luiz Carlos Prates, o Mancha, da executiva da CSP-Conlutas.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos