PM na Ufes, não! Dia 17, tem Café com debate na Adufes


Integrante do grupo Policiais Antifacismo, movimento que reúne trabalhadoras e trabalhadores do sistema de segurança pública, será um dos palestrantes. Algumas das principais bandeiras de luta do grupo são a desmilitarização das polícias, a unificação das corporações e o combate ao extermínio da população negra e pobre do país.

O Coletivo PM na Ufes, NÃO!  convida a todos/as para mais uma atividade que visa debater temas relacionados à PM e o espaço universitário. A próxima atividade organizada em conjunto  pela Adufes, CEDH, Fórum Capixaba de Lutas Sociais, Círculo Palmarino e Cursinhos AfirmAção, será na quarta-feira (17/10),  às 14 horas, na sede do Sindicato dos Docentes da Ufes (campus de Goiabeiras/Ufes), em Vitória.

O Café com debate: Direitos Humanos e Segurança Pública: prisão para que(m)? reunirá na mesa dois Anderson Duarte, do grupo Policiais Antifacismo do Ceará)especialistas nas áreas de Segurança Pública e Direitos Humanos: Anderson Duarte (foto) , profissional do grupo Policiais Antifacismo (Ceará) e Gilmar Ferreira, militante e ex-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH). A proposta é levar  informações para a comunidade acadêmica sobre as concepções de segurança pública, PM e sistema prisional e, ainda,  entender o que está por trás do convênio assinado pela reitoria da Ufes e a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) 

“Temos que problematizar como age a polícia, como funciona o encarceramento e para quem/quê”, ressalta os integrantes do coletivo PM na Ufes, NÃO!, informando que o debate é aberto à sociedade em geral.  Os interessados não precisam fazer inscrição. Aqueles/as que desejarem poderão  solicitar comprovante de participação durante a atividade que visa a militarização da educação.

Convênio PM. A assinatura do convênio da Ufes com a Sesp sem ampla discussão com as comunidade acadêmica e  externa, mostra autoritarismo por parte do reitor. O contrato prevê a utilização de 120 PMs aposentados para fazer a segurança dentro dos campi em substituição a dezenas de trabalhadores terceirizados que perderam ou estão perdendo seus postos de trabalho. 

“Dentro da universidade vemos avançar o sucateamento acelerado do ensino, da pesquisa e da extensão, submetendo a comunidade acadêmica à precariedade de realização de suas atividades-fim, que tem levado ao adoecimento, tanto quanto ao assédio, à competição e à inviabilização da vida universitária. Desse modo, entendemos que no debate sobre a violência dentro desta instituição não pode ser descolado da discussão sobre as políticas de austeridade que vivemos de forma geral. Mais que isso, compreendemos que os caminhos que precisamos construir não passam por mais aparelho repressivo e,  sim, por políticas sociais efetivamente inclusivas, elaboradas coletivamente “, ressalta o coletivo, informando que a reitoria sequer submeteu o convênio à avaliação dos Conselhos Superiores da instituição.

“Nesse sentido, propomos fazer aquilo que a Universidade deveria ter feito, criando espaços que fomentem a discussão sobre as relações entre Violências, Políticas e Sociedade “, lembra o grupo. 

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Fonte : Adufes