Ouvidoria Popular de Segurança na Ufes será lançada dia 8

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A criação da Ouvidoria é uma iniciativa do coletivo PM na Ufes, Não! O grupo receberá denúncias de abusos praticados por policiais nos campi.

O lançamento será na sede da Adufes, campus de Goiabeiras/Vitória, na quarta-feira (8/5), às 15 horas, tendo como palestrantes Débora Maria da Silva, fundadora do Movimento Mães de Maio/São Paulo e Orlando Zaccone, delegado da Polícia Civil/RJ e do Movimento Policiais Antifascismo. De acordo com o “PM na Ufes, Não”, a Ouvidoria irá fiscalizar as práticas violentas e intimidatórias por parte dos militares que atuam na universidade.

Para isso, uma rede de monitoramento está sendo montada para receber denúncias da comunidade acadêmica. “A notificação dos casos é importante, sejam de abusos de cunho racista, machista, homofóbico, misógino e sexista”, destaca o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto.

Nesse sentido, lideranças de entidades ligadas às áreas de Direitos Humanos e Educação se propõem a trabalhar para assegurar a atuação da Ouvidoria e sua relação com instâncias de controles externos das atividades policiais.

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Convênio. Em agosto de 2018, a Secretaria de Segurança Pública do ES (SESP) e a Ufes assinaram convênio garantindo a policiamento nos campi. “Não temos dados oficiais sobre as ocorrências na universidade, nem antes e nem depois da entrada da PM”, diz a integrante do Coletivo “PM na Ufes Não”, Ana Carolina Marsiglia. Para a docente, o debate do próximo dia 8 irá evidenciar os equívocos institucionais que é apostar na Polícia Militar como solução para violência nos campi.

Policiais fardados, armados, com colete à prova de balas, e circulando a pé, de moto, ou em viaturas. Essa cena, comum em governos militares, hoje é rotina no cotidiano da universidade. Ela traz à tona o medo da violência policial no espaço acadêmico e, ainda, a necessidade de fiscalizar a atuação dos militares. Historicamente a PM tem sua atuação questionada pela sociedade.

Segundo dados do 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, apenas durante o ano de 2016, 4.222 pessoas foram assassinadas no país, em decorrência de intervenções policiais.

Fonte: Adufes