Manifestantes desocupam Assembleia, mas retornam para votação nesta segunda-feira

Após doze dias de ocupação, os integrantes do “Movimento Ocupa Ales”  deixaram as dependências da Assembleia Legislativa  na tarde do último sábado, 13. A desocupação pacífica do local faz parte do acordo entre os manifestantes e os deputados, após uma audiência de conciliação com o juiz Marcelo Menezes Loureiro, que recebeu o pedido de reintegração de posse da Casa. O grupo afirma que voltará hoje  para acompanhar a sessão marcada para as 15 horas. Alguns manifestantes permanecem acampados do lado de fora do prédio.

A ocupação teve início no dia 2, após o pedido de vistas do deputado Gildevan Fernandes (PV) durante a análise do projeto, de autoria do deputado Euclério Sampaio (PDT), na Comissão de Justiça. A medida adiou a votação da matéria, que tramita em regime de urgência, e desencadeou o protesto com a ocupação do gabinete do presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM).

Na última semana, os manifestantes foram deslocados para o espaço do restaurante desativado da Casa após um acordo com a Mesa Diretora, que confirmara a votação do projeto. Entretanto, uma manobra de um grupo de 15 deputados – que deixaram de frequentar a Casa sob alegação de falta de segurança – impediu a votação por falta de quórum. Entre os ‘deputados fujões’ está o relator do projeto, Gildevan, que não deve ser o responsável pela análise do projeto na próxima sessão.

Além da votação do projeto do fim do pedágio, os manifestantes apresentaram uma lista com dez reivindicações: o corte de ponto dos deputados que faltaram às últimas sessões; reunião com o governador Renato Casagrande; não eleição do deputado Sérgio Borges (PMDB) ao cargo de conselheiro de Tribunal de Contas do Estado (TCE); instalação das CPIs do Pó Preto e do Transcol; criação de espaço físico para implantar Grupo de Acompanhamento Legislativo (GAL); retirada dos vidros das galerias do Plenário; liberação do uso de bermudas, camisetas e chinelos nas dependências da Assembleia, e a participação de um membro da ocupação na auditoria do contrato da Rodosol com governo.

Fonte : Século Diário (com edição da Adufes)