Professores sofrem atentado em área indígena na Bahia

De acordo com o professor de Sociologia do Instituto Federal da Bahia (IFBA), Cristiano Raykil, três docentes do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena do IFBA – Campus Porto Seguro – sofreram um violento atentado na quinta-feira (5), em São José da Vitória, no Sul da Bahia, “em meio à ofensiva capitaneada por fazendeiros da região que contrataram capangas armados para proporcionar terror aos indígenas por conta das disputas por terras que existe no local. Essa disputa já gerou diversos embates judiciais, nos quais os últimos deram a posse de terra às comunidades tradicionais indígenas”, afirmou o professor no Blog Combate Racismo Ambiental, na última sexta-feira (6). 

O Sindicato dos Docentes da Uece, Seção Sindical do ANDES-SN, repudia o ato terrorista e defende que sejam tomadas as medidas no sentido de punir os mandantes e seus capangas por tentarem contra a vida e o direito de livre e segura circulação nas comunidades étnicas de todos aqueles que se integram à causa indígena na Bahia.

Segundo Raykil, os professores estavam a serviço, visitando as comunidades, quando quatro capangas armados interceptaram o carro oficial, roubaram seus pertencem, agiram de forma violenta e “indicaram claramente a intencionalidade de ofensiva em relação a um professor indígena da Licenciatura Intercultural do IFBA – Porto Seguro -, dizendo: ‘tem um índio dentro do carro’ e atearam fogo no veículo oficial”. O docente relata ainda a violência sofrida pelo colega que foi espancado e ameaçado de morte (confira na íntegra)

“Conclamo aos colegas professores e técnicos administrativos, aos estudantes do IFBA, à comunidade do Sul e Extremo Sul da Bahia e toda a sociedade brasileira a se manifestar contra essa violência direcionada aos Povos indígenas e a cobrar das autoridades ações concretas que possibilitem a garantia de seus direitos”, pede Raykil.

* Com informações do Sinduece

Foto: Gilvan Martins/Blog do Pimenta – Diversos veículos foram destruídos em protestos nas últimas duas semanas, em Buerarema e arredores. 

 

Fonte: ANDES-SN