Confira a última semana de greve do Sintufes: com polícia (pra quem não precisa!), velório da governança da EBSERH e gestores que ‘nada sabem’

No início desta semana o Sintufes ocupou o Prédio Central da Reitoria. Atividades de mobilização da categoria estão sendo realizados no espaço.

Iniciada em 17 de março em todo o Brasil, a greve dos trabalhadores técnico-administrativos em Educação começou a ganhar força (na Ufes e, sobretudo, no Hucam) a partir do dia 24 do mês passado.

No final de março, 35 universidades já haviam deflagrado a greve o que mostra a indignação da categoria, pois o governo federal até faz reuniões, mas nada apresenta. No dia 24 a paralização contou com alguns fatos que demonstram as artimanhas das chefias contra o direito legitimo à greve dos trabalhadores.

Acusação. No dia 25 de março, a trabalhadora Alvaléria Cuel, do Comando Local de Greve do Hucam, foi duramente acusada por um delegado da Polícia Federal, que foi ao hospital – a mando da governança da Ebserh, para apurar um suposto sumiço de prontuários do Same.

Com dedo em riste, apontado para o rosto da sindicalista, o delegado disse em tom de acusação: “seu nome foi um dos (nomes) ventilados” – no caso do desaparecimento dos prontuários. Só faltou os agentes da PF sacarem suas armas, pois eles estavam com pistolas à mostra na cintura como forma de intimidar trabalhadores.

Trabalhadores usam armamento pesado. Panfletos, reivindicações na ponta da língua, palavras de ordem, cartazes que fazem parte da luta em defesa da saúde e educação públicas. Sem cometer violência alguma. Sem deixar pacientes de programas especiais e de urgência e emergência sem atendimento.

Desnecessária e autoritária a ação da Polícia Federal, que poderia investigar os graves problemas diários do hospital: falta de medicamentos, de material de trabalho, de água para pacientes e trabalhadores, um paciente com vários prontuários, assédio moral entre outros problemas. Além de outros assuntos que são (ou deveriam ser) da competência policial, como a questão da Petrobras entre outros.

AH, E QUER SABER ONDE ESTAVAM OS PRONTUÁRIOS? Arquivados no mesmo setor em que ‘desapareceram’.

Cessão de trabalhadores. Em meio à greve, os trabalhadores do Hucam foram surpreendidos com um ofício do MEC/Ebseh determinando a cessão de mais de 800 técnico-administrativos – concursados pela Ufes e que trabalham no hospital – para a Ebserh.

Um novo problema que o Comando Local de Greve do Sintufes fez questão de enfrentar sem perder tempo. Foi marcada reunião com o reitor da Ufes, dia 26, onde mais de 60 trabalhadores compareceram, exigindo por parte do administrador o cumprimento do acordo de greve do Hucam.

Entenda o caso. Em maio de 2013, após uma semana de greve, o reitor assinou acordo garantindo a não subordinação dos trabalhadores do Hucam/Ufes à Ebseeh. Eles querem a manutenção desse acordo. E também cobraram respeito ao movimento e que não haja mais ações repressivas como aconteceu no caso dos prontuários.

A greve segue forte. E vai continuar na próximas semanas com atos previstos para Goiabeiras,Maruípe, Alegre e São Mateus e por aí vai a luta da categoria.

Clique aqui e veja as imagens da greve, que ganha força a cada dia! E confira os acontecimentos entre os dias 24 e 28 de março de 2014.

*Com edições da Adufes

Fonte: Sintufes