Trabalhadores e trabalhadoras farão ato em Marcílio de Noronha, no dia 1º de maio

    Nesta quinta-feira, 1º de maio, sindicatos e movimentos sociais realizarão um ato em Marcílio de Noronha, Viana. A atividade terá início às 9h, com concentração na Igreja Católica de Marcílio de Noronha. Na ocasião, trabalhadores e trabalhadoras de diversas categorias reivindicarão melhores condições de trabalho e vida, além de resgatar o sentido de luta e resistência do Dia do Trabalhador. “As dificuldades da classe trabalhadora aumentam a cada dia. Convivemos com baixos salários, péssimas condições de trabalho, demissões imotivadas e corte de benefícios e direitos”, afirma o coordenador geral do Sindicato dos Bancários/ES, Carlos Pereira de Araújo, o Carlão.

Essa realidade relatada por Carlão é evidente, por exemplo, na precariedade dos serviços básicos, como os da área da educação e da saúde. “Enquanto no Espírito Santo o governo concede isenções fiscais para grandes empresas, falta verba pública para escolas, hospitais e valorização do funcionalismo público”, afirma o coordenador geral do Sindicato. Outro problema enfrentado em todo o Brasil, mas principalmente no Espírito Santo, é a questão da violência. Dados do Ministério da Saúde mostram que 53% das vítimas de homicídio no Brasil são jovens, sendo 75% negros e 93% do sexo masculino. No Espírito Santo, segundo o Mapa da Violência 2013, no ano de 2011 a cada 100 mil jovens com idade entre 15 e 24 anos, 115 foram assassinados.

A falta de oportunidade de trabalho também é uma realidade no Brasil. A taxa de desemprego no Brasil continua acima dos padrões mundiais, chegando a 7,1% em 2013, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica (IBGE). Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 18,4% dos jovens com idade entre 15 a 29 anos estão desempregados no Brasil. A situação dos trabalhadores do campo também é lastimável. Afinal, a maior parte das terras produtivas do Brasil está nas mãos de latifundiários, que têm como foco a monocultura voltada para exportação. Por causa disso, milhares de famílias vivem sem terra. Mesmo assim, os camponeses são responsáveis pela produção de mais de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros.

Fonte : Sindibancários/ES