Adufes realiza reunião para organizar paralisação nacional na Ufes

Os/as professores/as aprovaram em Assembleia Geral, realizada ontem (quinta-feira), paralisar as atividades por 24 horas no dia 21 de (quarta-feira).

O dia 21 de maio será marcado por atividades em todas as Seções Sindicais. É que na mesma data, ocorrerá uma reunião do Andes-SN com o Ministério da Educação (MEC). E para mobilizar a base da categoria na Ufes e propor ações a serem desenvolvidas no dia da paralisação, será realizada uma reunião nesta segunda-feira (19). O encontro ocorrerá às 16 horas, na sede da Adufes, no campus de Goiabeiras.

“O objetivo da suspensão das atividades por 24 horas é de pressionar politicamente o governo para que seja efetivada a negociação com a categoria no dia 21”, disse Edson Cardoso, presidente da Adufes.

Professores do Centro de Ciências Agrárias aprovam paralisação por 24. Os professores do Centro de Ciências Agrárias (CCA) decidiram que vão cruzar os braços por 24 horas na próxima quarta-feira, 21, com ato público no mesmo dia na praça central da cidade de Alegre. A concentração para o ato será em frente a quadra de esportes do CCA, a partir de 9 horas.

A decisão de aderir à paralisação nacional foi tomada nessa terça-feira (13), durante reunião setorial da Adufes que contou com a participação de mais de 70 professores, na quadra de esportes do CCA.

Confira abaixo a pauta de reivindicações dos/as professores protocolada no Ministério da Educação no dia 26/02

Valorização salarial. É preciso reverter a situação de achatamento dos salários corroídos ano a ano pela inflação. Levantamento do Dieese aponta que o reajuste conquistado pela última greve e parcelado até 2015 não recompõe o poder de compra e muito menos reflete em ganhos reais.

Reestruturação da carreira.O Governo não assegura em lei os parâmetros necessários para constituição de direitos em longo prazo. A composição remuneratória é simplesmente remetida para tabelas anexas, nas quais aparecem apenas valores nominais, sem piso, sem lógica de evolução, sem relação entre regimes de trabalho e titulações.  A retribuição por titulação foi retirada do corpo do vencimento. O Governo descumpriu os prazos firmados no acordo de 2011, não enfrentou o problema da reestruturação da carreira e desrespeitou a posição de todas assembleias gerais durante a greve de 2012. Em 2013, prometeu que traria à mesa informações concretas o espaço existente para negociar com o Andes, mas protelou e se esquivou de uma resposta.


Condições de trabalho. O quadro vivenciado nas Instituições Federais de Ensino é de estado de abandono e precarização gerado pela expansão desordenada das IFE, por programas como o Reuni. Denúncias de assédio moral, falta de insumos básicos para o trabalho, laboratórios, obras inacabadas, são algumas situações assustadoras.

Garantia de autonomia. O Governo mantém o discurso da defesa da autonomia, mas na prática cria uma série de mecanismos por meio de decretos, portarias, instruções normativas e projetos de lei que limitam a autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, atestando contra o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

Fonte: Adufes