Servidores Federais definem eixos de lutas e pauta de reivindicação para 2015

Bases discutirão possibilidade de indicativo de greve, caso as negociações com o governo não avancem

 Por aclamação, os mais de 350 representantes de diversas categorias dos servidores públicos federais aprovaram, no domingo (1), os eixos da campanha unificada para 2015 e agenda de mobilização para este primeiro período. Os pontos da pauta de reivindicação, as campanhas e o cronograma de lutas foram apresentados no segundo dia da Reunião Ampliada dos SPF, organizada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Federais, em Brasília (DF).

Entre os vinte eixos consensuais estão a reivindicação de reajuste linear de 27,3%, política salarial permanente, com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias, data-base em 1 de maio, direito de negociação coletiva, conforme previsto na Convenção 151, paridade salarial entre ativos e aposentados.

“A reunião ampliada foi extremamente positiva porque conseguiu uma unidade muito grande do conjunto das entidades nacionais que compõem o Fórum dos SPF, respeitando a diversidade das categorias. Os participantes tiveram a maturidade e a capacidade de definir aquilo que é comum em termos de reivindicações dos servidores públicos”, avalia Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, destacando a reivindicação de índice de reajuste linear para todos os servidores.

Rizzo explica que, nos próximos meses, os servidores federais, e o ANDES-SN através de suas Seções Sindicais, estarão envolvidos na articulação dos fóruns nos estados, para preparar o debate e a mobilização na base. “Vamos ter o ato de lançamento da campanha dia 25 de fevereiro, que coincide com o 34º Congresso do ANDES-SN, em Brasília, então para nós será extremamente importante, porque todos os delegados e participantes do congresso poderão participar do ato de lançamento da Campanha salarial”, ressalta.

O lançamento oficial da campanha será no dia 25 de fevereiro, no Dia Nacional de Lutas, com assembleias, atos e paralisações nos estados e ato nacional em Brasília, em frente ao Ministério do Planejamento, para lançamento oficial da campanha. Além dessa data, foi definido um calendário de mobilização até abril, quando os servidores se reunirão novamente na capital federal para avaliar a mobilização e o desenvolvimento da campanha unificada.

O presidente do ANDES-SN destaca que no mês de março todas as categorias discutirão, na base, o indicativo de greve do funcionalismo federal. “Caso não tenhamos um processo de negociação com o governo e caso sejam mantidas as políticas de cortes e arrocho, não está descartada a possibilidade de uma greve”, afirma.

O diretor do Sindicato Nacional lembra ainda que na agenda de lutas, definida na Reunião Ampliada, está o ato nacional no Rio de Janeiro, e nos estados, no dia 6 de março, contra a privatização do SUS e contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e nos dias 7 a 9 de abril, uma jornada nacional de lutas, com nova reunião para avaliar os primeiros meses da campanha. 

 
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