Professores/as da Ufes rejeitam greve

Por 201 votos a 99, a Assembleia Geral dos/as professores/as da Ufes rejeitou no início da noite de ontem (02), a proposta de deflagração da greve.

Na segunda semana de greve nacional nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFEs), os/as professores/as da Ufes decidiram que ainda não é o momento para que seja deflagrada a greve na Ufes. Essa decisão foi tomada pela plenária realizada ontem, terça-feira, no campus de Goiabeiras, em Vitória. Com 201 votos contra e 99 a favor, além de oito abstenções, a votação ocorreu com ampla participação da categoria. Acompanharam a assembleia técnico-administrativos e estudantes.

Nos últimos meses, o sindicato realizou reuniões setoriais em todos os campi e em diversos centros da Ufes – campus de Goiabeiras, Assembleia doisCentros de Ciências Agrárias (CCA), Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes) e campus de Maruípe -, para divulgar a pautada categoria e discutir a conjuntura atual, tanto em âmbito local quanto nacional, com a ampliação da ofensiva do governo federal contra os serviços públicos e contra a educação.

“Existem mais de 20 Instituições Federais de Ensino em greve no país. A principal motivação é o corte de R$ 9,4 bilhões nas despesas do orçamento do Ministério da Educação, anunciado pelo governo federal, que estão comprometendo as atividades nas universidades e, inclusive, na Ufes”, destaca o presidente da Adufes Edson Cardoso.

Ele acrescenta que a pauta da categoria também envolve melhores condições de trabalho, reestruturação de carreira, defesa do caráter público da universidade, valorização salarial de ativos/as e aposentados/as e retomada efetiva das negociações com o governo. Além disso, os/as professores exigem a reversão dos cortes no orçamento e ampliação de investimento na educação.

Novas assembleias. Conforme Edson informou ano final da plenária, por haver uma paralisação nacional e mais de 20 universidades estarem envolvidas, poderão ser feitas novas convocações para debater o movimento nacional de greve. “A paralisação é nacional, mas cada Seção Sindical tem autonomia para deliberar pela adesão ou não do movimento paredista. Independente do nosso resultado na Ufes, o movimento nacional continua crescendo”, disse o presidente da Adufes.

Greve  SintufesGreve nacional. Ainda em sua segundo semana, a greve nas Instituições Federais de Ensino (IFEs) se amplia e segue ganhando adesões. No dia 28 de maio, os técnicos-administrativos de várias universidades, incluindo os servidores da Ufes, cruzaram os braços para lutar por seus direitos e em defesa da educação pública.

Há ainda greves estudantis na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade Federal Fluminense (UFF). Na Ufes, os/as estudantes prometem paralisar as atividades nesta segunda-feira, 08.

Cortes no orçamento inviabilizarão funcionamento nas Universidades Federais. Os ajustes no orçamento anunciados na última semana, da ordem de R$ 70 bilhões, que retiram mais R$ 9,42 bilhões da Educação deverão inviabilizar o pleno funcionamento de várias Instituições Federais de Ensino (IFE). Além dos cortes apresentados recentemente, no início do ano o governo já havia limitado a verba das IFE a 1/18 avos do orçamento por mês, o que implicou num corte mensal de R$ 586,83 milhões. Em reunião entre o Ministério da Educação (MEC) e o Andes-SN na última sexta-feira (22), os representantes do MEC confirmaram que os cortes deveriam afetar as verbas de custeio e capital da pasta.

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Fonte: Adufes