Participe do Grito dos Excluídos nesta quarta-feira, 7 de setembro, na Praia de Camburi, em Vitória. A concentração será às 8h30, em frente ao Quiosque 01. Às 9h, a marcha seguirá para a portaria da Vale.
A Frente Estadual em Defesa da Previdência Social, dos Direitos Trabalhistas e do Serviço Público, da qual a Adufes faz parte, convida os/as a comunidade universitária da Ufes a se juntar aos trabalhadores e militantes sindicais e dos movimentos sociais no 22º Grito dos Excluídos. O ato terá como lema “Não foi Acidente! Basta de Impunidade! Queremos justiça!”, em referência ao crime socioambiental da Samarco/Vale-BHP, que continua impune, passados quase dez meses do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).
Na programação haverá cortejo fúnebre do Rio Doce com caixão, uma figura da morte e 19 cruzes, representando as vítimas fatais do crime cujas famílias continuam desassistidas. A intenção é reunir as pastorais, os movimentos sociais e os sindicatos e de forma unificada pedir justiça e alertar para a situação do ecossistema dos municípios atingidos pelo crime da Samarco, desde Baixo Guandu até Linhares.
No Espírito Santo, a organização é da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Vitória e, este ano, está a cargo do Fórum das Entidades em Defesa do Rio Doce. “Queremos justiça. Este crime não será esquecido e sabemos que não foi acidente”, diz o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto.
A escolha da Praia de Camburi, de acordo com o Fórum, “se deu pelo fato de uma das empresas criminosas, a Vale, estar situada no local e também por ser essa localidade e adjacências constantemente atingidas pelo pó preto da mineradora”.
“FORA TEMER”- CONSTRUIR A GREVE GERAL. Como em várias cidades brasileiras, o ato também vai alertar sobre a gravidade do momento político e econômico nacional. Desta forma, a propostada é convocar a população para resistir à retirada de direitos sociais pelo governo Michel Temer, como forma de barrar o aumento da exclusão social. O tema nacional do evento é “Este sistema é insuportável: exclui, degrada e mata!”, inspirado numa frase do Papa Francisco. Segundo divulgação do Ato, o tema é um convite para reflexão sobre as desigualdades, injustiças sociais e outras mazelas que o atual sistema econômico nos impõe.
O Grito acontece tradicionalmente no dia 7 de setembro para ser um contraponto à falsa ideia de independência, pois o povo não é livre, ainda sofre com a falta de atendimento às suas necessidades básicas, como saúde, educação, emprego, segurança e lazer.
Fonte: Adufes