Funcionários públicos perto da Greve Geral

Calendário do Fórum dos SPF indica a primeira quinzena de novembro para dar início ao movimento paredista, com data de referência no dia 09/11

O governo acelera os ataques e os trabalhadores respondem dando continuidade às mobilizações e prometendo uma greve geral. É com essa perspectiva que o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos – Fonasefe – realizou reunião em Brasília (04/10) para encaminhar medidas e mobilizar os servidores públicos federais contra a PEC 241/16 – a PEC da morte e moratória do contrato social – a precarização e o sucateamento dos serviços públicos brasileiros.

Também estão no Congresso Nacional as reformas política e da previdência, o Projeto de Lei da Câmara PLC 54/2016 (antigo PLP 257/2016), junto com o PL 4567/16, que trata do fim da participação obrigatória da Petrobras no Pré-Sal, votado na noite dessa quarta-feira (5). Além disso, a Medida Provisória 746/2016, da contrarreforma do ensino médio e os projetos de lei, que visam introduzir o programa “Escola sem Partido” na Lei de Diretrizes e Base da Educação, ganham força entre os parlamentares.

Convocação. Para responder a essa intensificação dos ataques e barrar a crescente retirada de direitos, o Fonasefe convoca todos os servidores federais e demais trabalhadores dos setores público e privado a ampliar a mobilização e pressão sobre os parlamentares. Representantes de diversas entidades que compõem o Fórum apontaram um calendário de lutas e sinalizaram a primeira quinzena de novembro, com referência no dia 9, para a realização de uma greve geral no país.

Marcelo Vallina, 1º vice-presidente da regional Norte 1 do ANDES-SN, ressalta que a mobilização nesse momento é absolutamente fundamental para barrar o objetivo do governo de aprovar esses projetos no Congresso.  O diretor do ANDES-SN ressalta que as ações encaminhadas por Temer estão na agenda do neoliberalismo, mas não se mostraram eficazes em nenhum outro país. “Estamos indo aos gabinetes e abordando os deputados e senadores, destacando os riscos desses projetos, que muitos desconhecem. Sem contar que não há nenhum exemplo positivo de país que adotou medidas de ajuste fiscal como as que vêm sendo propostas e que foram bem sucedidas. Temos a Argentina, a Grécia, Portugal, Espanha em que se atacaram os serviços públicos e os direitos dos trabalhadores, e os resultados foram desastrosos”, explicou.

Confira a agenda de mobilizações:

10 a 21/10: Rodada de Assembleias nas Seções Sindicais; 
25 /10: Dia nacional de luta dos/as servidores/as públicos (com mobilização e paralisação) com articulação de todo o setor da Educação (público e privado) com o eixo “Educação na rua contra a retirada de direitos, a Lei da mordaça e a reforma do ensino médio”;
26/10 a 04/11: Período de Mobilização com realizações de atividades e plenárias unificadas dos trabalhadores nos estados em articulação com as demais entidades e movimentos sociais;
05/11: Reunião do Setor das IFES e IEES/ IMES;
06/11: Reunião Conjunta do setor das IFES e IEES/ IMES  – (Se houver necessidade, há a possibilidade da diretoria antecipar esta reunião);
09/11: Greve Geral  (a depender da construção com as centrais sindicais e Fonasefe).

Confira aqui o relatório da reunião do Setor das Ifes

 

Fonte: Adufes ( com informações Andes-SN e Agência Câmara)