Comunidade acadêmica realiza ato em Alegre contra as reformas e o fechamento das escolas do campo

A atividade que será no dia 19/06, segunda-feira, às 8 horas, contará com caminhada pelas principais ruas da cidade.

A comunidade universitária dos Centros de Ciências Agrárias e Engenharias (CCAE) de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde (CCENS), de Alegre – Sul do ES, realiza ato contra as reformas da Previdência e Trabalhista, pela revogação da Lei da Terceirização e pelo Fora Temer. Os manifestantes também denunciarão o crítico cenário de fechamento das escolas do campo e o forte processo de mercantilização da educação pública no município.

O grupo fará panfletagens e distribuirão cartilhas sobre as reformas. Durante a marcha serão realizadas três paradas simbólicas: em frente à Secretaria de Educação, ocasião em que os manifestantes entregarão ao secretario um abaixo-assinado contra o fechamento das escolas do campo e pela abertura de novas unidades. Outra parada será na prefeitura municipal de Alegre e, por fim, em frente ao posto do INSS.  

Para o professor do departamento de Medicina Veterinária, Haloysio Miguel de Siqueira, a manifestação tem papel de denúncia e resistência. “O ato tem um caráter especial, que é a unidade da comunidade acadêmica e da população local em torno de bandeiras comuns, que envolvem barrar a retirada de direitos e lutar contra o fechamento de escolas do campo”, disse. Segundo ele, só em 2017, mais de sete escolas do campo já foram fechadas em Alegre.

As crianças estão sendo retiradas de suas comunidades e obrigadas a estudar em locais distantes de sua residência e realidade. “O governo Paulo Hartung (PMDB) toma medidas que desconsideram as especificidades da educação e da reforma agrária. Com a justificativa de corte de gastos, a atual gestão tenta extinguir a educação no campo o que vem gerando evasão escolar”, salientou Haloysio, lembrando que o objetivo do governador, de fato, é forçar o processo de mercantilização da educação pública no campo e na cidade.

A manifestação servirá também para reafirmar a disposição de luta da classe trabalhadora. “Momento de denunciar a toda população alegrense o conjunto de arbitrariedades e retirada de direitos. O ato irá marcar um novo momento desta luta na cidade”, lembrou o professor. 

Fonte: Adufes