Alerta: Reforma Trabalhista pode ser votada no Senado ainda esta semana

O plenário do Senado vota nesta terça-feira (4), um requerimento com pedido de urgência para a tramitação da Reforma Trabalhista (PLC 38/2017). Se o pedido for aprovado, a medida poderá ser votada ainda nesta semana, na próxima quinta-feira (6), ou no dia 12 de julho.

O governo tem pressa, pois quer ver a reforma, que modifica mais de 100 artigos da CLT (Consolidação das Leis d Trabalho) e vai levar a um retrocesso histórico dos direitos trabalhistas e das condições de trabalho no país, ser aprovada antes do recesso parlamentar que inicia no dia 18 de julho.

A Reforma Trabalhista já passou por três comissões do Senado: CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), CAS (Comissão de Assuntos Sociais) e CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). O Senado tem 81 parlamentares e dos 52 senadores que votaram durante a tramitação nas comissões, 31 declararam voto a favor do texto que foi aprovado na Câmara. Houve 20 votos contra a proposta e uma abstenção.

No plenário, o governo vai defender a votação do parecer da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que aprovou o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB), que é pela aprovação da reforma.

Consulta pública do Senado

Pesquisa no site do próprio Senado demonstra o repúdio total à reforma. Até esta terça-feira (4), por volta das 12h30, um total de 161.207 votantes disseram não ao PLC 38/2017, contra 7.889 a favor. O quadro é semelhante a outras pesquisas já realizadas no país. Mas isso de forma alguma tem sensibilizado o governo Temer e os picaretas do Congresso.

A tropa de choque do governo, com o presidente do Senado Eunício Oliveira e o senador Romero Jucá (PMDB) à frente, estão fazendo de tudo para garantir os votos necessários à aprovação da medida. Afinal, a Reforma Trabalhista é uma das únicas razões para que o empresariado ainda mantenha apoio ao governo Temer.

A CSP-Conlutas é contra negociar com o governo e aceitar essa reforma, acreditando que haverá posteriormente mudanças pontuais, através de Medida Provisória. A Central defende a derrubada integral das reformas Trabalhista e da Previdência, bem como da lei da terceirização, e aposta que o único caminho que pode arquivar de vez essas propostas é através da intensificação das mobilizações dos trabalhadores.

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Com informações portal de notícias do Senado

Fonte: CSP- Conlutas