Argentinos ocupam escolas contra Reforma Educativa em Buenos Aires

Estudantes da cidade de Buenos Aires, capital da Argentina, começaram, na segunda (28), um movimento de ocupações de escolas contra o projeto de Reforma Educativa apresentado recentemente pelo governador Horacio Larreta. A reforma no sistema de ensino da cidade precariza o trabalho docente e diminui o currículo acadêmico, substituindo-o por estágios.

Já foram ocupadas as escolas Manuel Belgrano, Técnica 35 de Devoto e Liceo 9 de Belgrano, e assembleias estão sendo realizadas nas demais escolas, que podem ser ocupadas a qualquer momento. Os estudantes planejam, também, uma grande manifestação no Ministério da Educação na próxima quarta (6).

A Reforma Educativa prevê, entre outros pontos, a transformação do último ano do ensino médio em um período dividido igualmente entre estágio não remunerado em empresas e em projetos sobre empreendedorismo. A Reforma Educativa da cidade de Buenos Aires também busca precarizar o trabalho docente, ao substituir professores por “facilitadores” em 70% das disciplinas. O “facilitador” trabalhará, segundo o projeto, com “novas tecnologias”, abrindo caminho inclusive para a educação à distância.

Ativista some após ação policial

Outro tema que tem mobilizado a sociedade argentina é o “desaparecimento forçado” de Santiago Maldonado, ativista visto pela última vez em um ataque policial na província de Chubut, em uma manifestação mapuche, no dia 1 de agosto.

A repressão foi realizada pela polícia nacional, diretamente comandada pela presidência da Argentina. O governo argentino nega que Santiago tenha desaparecido pelas mãos da polícia, afirmando que ele se encontra no Chile. Entretanto, vídeos recentemente divulgados comprovam a participação de Santiago na manifestação em terras mapuches.

Desde o desaparecimento, movimentos sociais e sindicais têm protestado, reivindicando a aparição com vida de Santiago Maldonado. Uma manifestação contra o desaparecimento está marcada para sexta-feira (1/9) nas principais cidades do país.

Com imagem e informações de Prensa Obrera

 

Fonte: ANDES-SN