3º Congresso da CSP-Conlutas termina com aprovação da paridade de gênero na SEN

O 3º Congresso Nacional da CSP-Conlutas terminou na tarde de domingo (15), na cidade de Sumaré (SP). Após quatro dias de debates intensos, os delegados aprovaram propostas de conjuntura, balanço, estatuto, estrutura sindical e definiram um calendário de lutas. Participaram cerca de 2,6 mil pessoas do encontro, entre delegados, observadores, convidados internacionais e trabalhadores. Destes, 101 eram docentes das seções sindicais e da diretoria do ANDES-SN.

A plenária final do 3° Congresso encerrou com a aprovação de importantes resoluções. A principal delas, diz respeito à garantia de paridade (50%) na participação de mulheres na Secretaria Executiva Nacional (SEN) da Central. Outra resolução aprovada, de autoria do ANDES-SN, é de que se intensifiquem as ações, atividades de formação e políticas de apoio a movimentos sociais e organizações, além de propor um estudo sobre a forma de representação de todos os movimentos sociais, oposições e sindicatos na CSP-Conlutas para ser avaliado no próximo congresso da Central, com o objetivo de eliminar possíveis distorções.

A proposta também estabelece que só poderão votar na SEN, as entidades e organizações que estiveram adimplentes com a Central. Para o ANDES-SN, as entidades que não pagam regularmente a Central dificultam o trabalho político da CSP-Conlutas.

Ainda no domingo, foram aprovadas diversas moções de apoio às lutas, greves, repúdio às perseguições, entre vários temas, e também foi encaminhado que todos os relatórios e propostas de resoluções discutidas nos Setoriais do congresso sejam debatidos na primeira reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas a ser realizada em breve. 

No sábado (14), foi aprovada, ainda, uma resolução de autoria do ANDES-SN, que reafirma a necessidade de intensificação da democracia interna da Central, assim como a participação da CSP-Conlutas no Seminário Nacional sobre os 100 anos de Revolução Russa e na reunião sobre o debate de reorganização da classe, a serem realizados em novembro deste ano.   

Opressões  

No domingo de manhã, no congresso, foram realizados os painéis “Luta contra as Opressões e Juventude” e “Movimento Operário, Sindical, Movimento Popular e Luta por Territórios”, que contaram com representantes dos movimentos sem teto, quilombolas, indígenas, mulheres, LGBTs, negras e negros, trabalhadores rurais, seringueiros do Acre, servidores públicos, juventude e operários. Antes das falas, ocorreu uma forte manifestação de afirmação cultural dos LGBTs e negros e negras, que entraram no plenário tocando tambor de crioula, tradicional dança africana dos quilombolas do Maranhão.

Segundo Eblin Farage, presidente do ANDES-SN, o 3° Congresso da CSP-Conlutas foi positivo em diversos aspectos. “Primeiro, porque aprovamos quase a integralidade das resoluções de deliberação do ANDES-SN. Em segundo, pela expressão das divergências políticas que existem no interior da nossa Central. Terceiro, demonstramos que as divergências não nos impedem de construir as ações conjuntas e de votarmos, por unanimidade, o calendário de lutas e a resolução da SEN que colocou como prioridade a construção do dia 10 de novembro como um forte dia de luta. E, por último, mas não menos importante, avançamos na resolução sobre a representatividade das mulheres, aprovando em 50% a composição na SEN e a necessidade de debater o tema em outras instâncias”, elencou a presidente do ANDES-SN, que apontou também os desafios postos pelo congresso, como os de avançar na metodologia do congresso e no aprofundamento da democracia interna da Central.

 

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Fonte: ANDES-SN