Mulheres capixabas organizam ato do 8 de março contra as reformas e pelo direito reprodutivo

A reunião de organização ocorrerá nesta terça-feira, 20, na sede da Adufes, às 18 horas.

Mulheres de vários coletivos e movimentos sociais vêm se reunindo para a construção das atividades do 8 de Março Unificadas – o Dia Internacional de Luta das Mulheres. Neste ano, já está definido que a concentração do ato será a partir das 13 horas, na praça Jucutuquara/Vitória. Logo em seguida, por volta das 14 horas o grupo caminhará em direção ao Palácio Anchieta, no Centro.

Com o tema “Mulheres de luto em luta”, o objetivo do 8 de Março em 2018 é lutar contra o racismo, o machismo, contra as diversas formas de violência, pela revogação da Reforma Trabalhista, contra a Reforma da Previdência e em defesa dos direitos sexuais e reprodutivos.

8 de março Unificadas.  As mulheres do campo, da cidade e das florestas que estão na organização das ações do dia Internacional destacam a importância do fortalecimento da luta. “Esse é o momento de unificar as pautas e fortalecer o movimento de resistência”, lembrou Edna Martins, integrante do Fórum de Mulheres do ES. A proposta é que a data seja protagonizada pelas mulheres, mas compartilhada também pelos homens.

Sobre a precarização das condições de trabalho, Edna destaca que as mulheres são maioria nos postos mais precários, como é exemplo a terceirização. Além disso, recebem um salário menor em relação aos homens que realizam as mesmas tarefas. “Como se não bastasse também somos nós as responsáveis por fazer todo o trabalho doméstico, mas por ele não ganhamos nem mesmo reconhecimento”, criticou.

Luta classista. Para o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto, que vem apoiando as atividades do Fórum dereuno 8 de maro n Mulheres do ES há alguns anos, é importante que as companheiras se mobilizem para no dia 8 pararem as suas atividades, articulando a luta com a defesa dos direitos sociais.

“Com o aprofundamento da crise do capitalismo, temos a piora nas condições de trabalho e retirada de conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras, em particular das mulheres”, disse. Ele salienta ainda que a questão das opressões nunca foi tão discutida no interior dos movimentos sindicais, sociais e populares.

“Devemos, no entanto, frisar que o debate sobre a questão das opressões toma um sentido diferente quando voltada para nossa atuação na luta de classes”, destacou Rocha, explicando que é muito positivo, porque coloca o debate sobre a questão da mulher em outro patamar.

Feminicídio. O Brasil está entre os 5 países com maior índice de homicídios de mulheres. No ES, morrem 13 mulheres negras para cada 100 mil habitantes. A taxa de mulheres brancas assassinadas é 3,5 vezes menor.

Divulgação do 8 de março ES. Acesse a página do Fórum de Mulheres e participe da organização do dia 8 de Março: https://www.facebook.com/forumdemulheres.es/

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Fonte: Adufes