Vitória tem agenda de preparação para o 8 de março

A data conta com distribuição de materiais contra o assédio e a violência.

Fevereiro inicia com atividades de construção do 8 de março. Nesta quinta (7), às 18h30, na sede do Sindibancários (Centro de Vitória), ocorre mais uma reunião de preparação do ato.  Já está definido que haverá marcha na capital capixaba no dia 8 (sexta-feira).  “Na última reunião, além de criarmos comissões de organização, deliberamos pela realização de uma marcha contra a violência e os retrocessos”, diz Edna Martins, uma das organizadoras.

As capixabas estão atendendo a um chamado para uma nova greve geral internacional para 8 de março. Nesse dia, mulheres no mundo inteiro tomarão às ruas contra os ataques aos direitos trabalhistas e previdenciários e gritarão pelo fim da violência, do machismo, do racismo e da lesbofobia.

Contra a retiradas“Vamos transformar o dia de luta numa verdadeira greve das mulheres trabalhadoras contra o machismo e a exploração”, lembra Edna, que também integra o Fórum de Mulheres do ES.  Segundo ela, as mulheres do campo e da cidade estão unidas. “Esse é o momento de unificar as pautas e fortalecer o movimento de resistência”, pontua. A proposta é que a data – 8 de março-  seja protagonizada pelas mulheres, mas compartilhada também pelos homens.

Terceirização, uma pauta das mulheres. No processo de terceirização, as mulheres – sobretudo as negras, que já ganham menos e têm os empregos mais precários, são as mais prejudicadas. “Somos a maioria nos postos mais precários, recebemos salários menores em relação aos homens que realizam as mesmas tarefas”, ressalta Martins, complementando “como se não bastasse, também somos responsáveis por fazer todo o trabalho doméstico, e por ele não ganhamos nem mesmo reconhecimento”.

Aposentadoria. De acordo com o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto, Bolsonaro e seus aliados querem aprovar ainda neste mês a contrarreforma da previdência. A proposta visa aumentar o tempo de contribuição das trabalhadoras e trabalhadores, condenando-os a trabalhar até morrer. “Além disso, iguala o tempo de contribuição entre homens e mulheres, intensificando a situação de super-exploração das mulheres”.

O professor destaca que o 8M (8 de março), será uma alavanca para a construção de uma nova greve geral para derrotar definitivamente o governo ultraconservador de Bolsonaro e suas reformas.

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Congresso aprova paridade de gênero para a diretoria do ANDES

O 38º Congresso Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições Federais de Ensino (ANDES-SN), realizado no final do mês passado, aprovou por esmagadora maioria a paridade de gênero para a diretoria do sindicato. Com essa decisão histórica, o ANDES-SN institui um mecanismo que fortalece a participação das mulheres nos espaços de decisão e de direção.

Fonte: Adufes