Presidente do Inep é demitido e diretor responsável pelo Enem deixa o cargo

Marcus Vinicius Rodrigues, foi exonerado da presidência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) na última terça-feira (26). Outra baixa foi de Paulo César Teixeira, diretor de Avaliação da Educação Básica, que pediu demissão do cargo. A diretoria que ele coordenava é responsável pela realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A demissão do presidente do INEP, Marcus Vinicius foi assinada pelo ministro da educação Ricardo Vélez Rodríguez, e se deu um dia após o cancelamento da avaliação federal de alfabetização. O Ministério da Educação (MEC) atravessa uma grave crise. Nenhum projeto avança, e há sucessivas demissões e vaivéns na organização do ministério. Ao ser demitido, Marcus Vinícius afirmou que não há comunicação interna no  ministério. Um dos protagonistas da crise é o astrólogo Olavo de Carvalho.

Responsável pela indicação de Vélez Rodríguez, o guru do bolsonarismo tem atuado pelo twitter para promover expurgos no ministério. Segundo Olavo, há muita gente dentro do governo que é contra Jair Bolsonaro e contra o país. Até o vice-presidente da república se manifestou. O general Hamilton Mourão, disse que o MEC precisava de um “freio de arrumação”.

Elizabeth Barbosa, 2ª vice-presidente da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN e uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE), acredita que o MEC exemplifica como o governo federal está perdido.“É um ministério que não se concretiza. Quem está lá não tem competência e experiência para atuar. Eles não têm ideia do que significa uma política de educação, o MEC, suas atribuições. Estão batendo cabeça porque quem comanda mostra que não tem competência para estar ali. É um ministério que não avança”, comenta.

Para a diretora do ANDES-SN, há um lado positivo nessa crise, já que os ataques à educação pública acabam sendo deixados, ao menos por hora, de lado. “É um ministério frágil, que mostra como esse governo é frágil. Cheio de pessoas incompetentes em cargos importantes”, completa Elizabeth.

Com  edição Adufes- informações de Agência Brasil, G1 e Valor Econômico. Imagem de Agência Brasil