Professores da Ufes aprovam adesão à paralisação no dia 15

Por unanimidade, os/as docentes da Ufes decidiram aderir à Greve Nacional da Educação convocada pelas centrais sindicais contra os cortes na Educação e a reforma Previdência. Uma comissão de mobilização foi eleita para organizar as atividades e fará reunião de planejamento amanhã, sexta-feira, às 15 horas, na sede da Adufes. A programação completa será divulgada no final do dia.

“Estamos em estado de mobilização e vamos construir de forma ampla as ações para a paralisação do dia 15/5. Será um esquenta da Educação rumo à Greve Geral dos trabalhadores marcada para 14 de junho”, disse o presidente da Adufes José Antônio da Rocha Pinto.

Dia 15. O anúncio de cortes nos recursos da Educação pelo governo Bolsonaro tem levado às ruas milhares de estudantes, professores e trabalhadores em vários locais do país. Desde a semana passada, as manifestações vêm ganhando força e prometem parar o país contra os cortes e a reforma da Previdência.  

A justificativa para os cortes, segundo o ministro da Educação, seria “gastos excessivos” das instituições de ensino com eventos e atividades desnecessárias que ele mesmo nomeou como “balbúrdias”.

O presidente da Adufes lembra, no entanto, que as universidades públicas e os institutos federais são responsáveis por 99% das pesquisas produzidas no Brasil. “Essas universidades também oferecem atendimentos à população em hospitais universitários, em núcleos de psicologia e de assistência jurídica”, citou o professor Rocha, lembrando que defender a Universidade pública é garantir o acesso da população pobre aos serviços públicos gratuitos.

“Balbúrdia” é o projeto de Bolsonaro para a educação pública. O termo usado pelo presidente em ataque às universidades causou revolta. Em resposta, estudantes, educadores e trabalhadores têm realizado manifestações, inclusive nas redes sociais, em protesto ao desmonte do ensino.  

Fonte: Adufes