Modelo de retomada às aulas na Ufes é criticamente analisado no Centro de Educação


O coletivo, que reúne docentes, estudantes e técnicos da unidade, discutiu nessa quinta-feira, 23, a proposta de Resolução que regulamenta o semestre especial proposto pela Prograd, 
com início em 1º de setembro.

Convocados pelo diretor da unidade para analisar a minuta de Resolução apresentada pela Prograd e que propõe a adoção do Ensino-Aprendizagem Remoto Temporário Emergencial (Earte), a comunidade acadêmica do Centro de Educação (CE) discutiu e problematizou as estratégias para a retomada das atividades acadêmicas em meio à pandemia. 

A reunião, prevista para ocorrer na parte da manhã, teve que ser retomada na parte da tarde devido ao intenso debate e as diversas propostas de alteração à minuta de resolução. Entre os problemas apontados está a falta de garantia de condições tecnológicas, materiais e laborais, além da inexistência de artigos que assegurem que a excepcionalidade não trará prejuízos, especialmente para docentes e estudantes.

“Temos uma responsabilidade muito grande com a qualidade dos cursos e com as condições de trabalho, das quais não podemos abrir mão de forma alguma”, diz a tesoureira da Adufes, Fernanda Binatti Chiotte, que participou da atividade como professora do Centro de Educação Infantil Criarte, que pertence à estrutura do Centro de Educação.

Relevância do debate. A professora Andréa Antolini Grijó, do Departamento de Linguagens, Cultura e Educação (DLCE) do Centro de Educação, ressalta que a discussão da proposta de resolução que normatiza a oferta do semestre especial na Ufes, por meio do Earte, teve como objetivo garantir os processos de inclusão de todos os estudantes, bem como as condições adequadas a toda comunidade universitária para a realização do semestre especial. “É muito importante, agora, que os representantes nas Câmaras e nos Conselhos levem em consideração as contribuições, alinhados aos debates realizados por seus pares, de forma que todos os documentos norteadores para esse desafio que nos espera sejam representativos da coletividade”, pontua a docente.

“Os questionamentos do Centro de Educação, assim como de outras unidades, em relação à proposta de ensino remoto mostram que ele é ainda muito polêmico e precisaria de maior debate junto à comunidade acadêmica”, destaca a presidenta da Adufes, Ana Carolina Galvão, salientando que a alternativa aligeirada escolhida pela Administração Central pode direcionar a universidade ao retrocesso. Na avaliação de Ana, que também participou da reunião na condição de professora do CE, o Fórum demonstrou a necessidade de tempo e diálogo para reflexão séria e comprometida com a educação pública, que tem sido rejeitada pela Reitoria.  

Fonte: Adufes