Entidades realizam pré-Grito dos Excluídos nesta sexta-feira, 7

Os temas desse debate preparatório que será realizado às 19h, de forma virtual, são educação e economia.

A atividade tem por objetivo mobilizar a militância dos diversos grupos, entidades, igrejas, pastorais e movimentos sociais para denunciara retirada de direitos e garantias sociais, intensificada no contexto de pandemia. O grupo pretende ainda dar resposta ao aumento da repressão contra as/os mais pobres e discutir ações para a 26º edição do Grito dos Excluídos, que ocorrerá em 7 de setembro.

Para discutir os temas desta plenária, foram convidados o professor do Departamento de Ecomonia da Ufes, Rafael Moraese Dom João Justino, representante da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB).Segundo uma das organizadoras do pré-grito, Elizabeth Regina Lopes Elizabeth, os temas foram escolhidos em virtude das diversas formas de violência, por causa da pandemia, e devido à luta pela aprovação do novo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), dos debates sobre educação a distância, e do retorno com segurança às atividades presenciais nas escolas.

“Precisamos compreender a conjuntura econômica, marcada pela recessão, desemprego em massa, aumento da informalidade e restrição de direitos”, disse, destacando a importância de traçar estratégias para avançar na luta por renda e direitos sociais em um contexto pós-pandemia,marcado por políticas de restrições nos gastos primários impostos pela Emenda Constitucional (EC) 95.

Fundeb. O novo Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb) segue para tramitação no Senado. “É preciso estamos atentas/os e mobilizadas/os contra a oposição do governo Bolsonaro ao novo fundo. Nós, trabalhadores e trabalhadoras defendemos a prioridade da tramitação dessa matéria”. Para Elizabeth Regina,o novo Fundeb será capaz de promover a qualidade da educação básica pública, valorizar os trabalhadores em educação.

Ela explica que o pré-grito se inspira em dois processos iniciados pelo Papa Francisco: o “Pacto Educativo Global” e a “Economia de Francisco”. Ambos pretendem tirar o capital do centro da economia e do modelo educacional, colocando em foco o ser humano, especialmente os pobres.

A plenária em formato digital é aberta a ampla participação,e terá início às 19horas, por meio do aplicativo Zoom e com transmissão ao vivo por pelo canal do Youtube da Arquidiocese de Vitória (ArquiVitoria).

Ensino remoto. Ainda sobre educação, também será abordado o retorno às atividades de ensino durante a pandemia pela chamada via remota. Para a presidenta da Adufes, Ana Carolina Galvão, para que seja garantida a permanência e o acesso a educação pública, gratuita e de qualidade, é preciso que sejam levadas em consideração premissas que recobrem a diversidade, a qualidade de ensino, o enfrentamento à exclusão e o bem-estar coletivo.Veja cartilha

“A Adufes defende a educação pública e presencial, que deve ser colocada em prática por meio de ações como planejamento da transição entre isolamento social e retorno das atividades, com amplo debate e no seu devido tempo”, pontua. A comunidade acadêmica da Ufes irá discutir coletivamente sobre o ensino remoto e outros pontos também nesta sexta (7), às 15 horas, de forma virtual. 

Na esfera estadual, os movimentos sociais realizaram no dia 24/7, ato contra a reabertura das escolas em frente ao portão da Secretaria Estadual de Educação (SEDU), em Vitória. Na ocasião, também homenagearam as/os profissionais da educação vítimas da Covid-19 no Espírito Santo. A intervenção fez um alerta à população capixaba pela responsabilidade de Casagrande e Bolsonaro no alto número mortes pelo novo coronavírus.

26º Grito dos Excluídos. Com o lema “Basta de miséria, preconceito e repressão! Queremos trabalho, terra, teto e participação!” a manifestação nacional, pretende dar uma resposta ao cenário de desmonte de direitos e ao aumento da repressão as/os mais pobres. Segundo a diretora da Adufes, Kelli Simões, que tem representado o sindicato na preparação para o evento, “o  ato, realizado todo ano no dia 7 de setembro, não ficará restrito ao virtual, devendo haver também atividades presenciais que seguirão as devidas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), em virtude da pandemia.”

A organização do evento é composta pelo Fórum Igrejas e Sociedade em Ação, Comitê Popular de Proteção aos Direitos Humanos no Contexto da Covid-19 e Fórum Capixaba em Defesa da Vida das Trabalhadoras e Trabalhadores, do qual a Adufes faz parte, Fórum Capixaba de Lutas Sociais, entre outros grupos.

Fonte: Adufes