Nota de solidariedade à professora que sofreu violência em trabalho remoto

Nós, professoras e professores organizadas/os no GTPCEGDS – ADUFES, repudiamos a violência de gênero sofrida pela Professora Rosemeire dos Santos Brito, do Centro de Educação, da UFES/Campus Goiabeiras. 
São recorrentes casos de “interrupção masculina” (manterrupting) e “explicação masculina” (mansplaining), muitas vezes concomitantes, em reuniões de departamentos e colegiados. Porém, o trabalho remoto, mediado por tecnologias da informação, plataformas e softwares, parece ter possibilitado novas estratégias de atuação de caráter sexista e misógino.
É inadmissível que mulheres sejam coagidas e humilhadas em reuniões, tendo seus microfones cortados, sendo expulsas de salas virtuais, como forma de silenciamento de seus posicionamentos frente às questões que envolvem o cotidiano de seu próprio trabalho, implicando em impedimento do pleno cumprimento de suas obrigações funcionais.
Entendemos que o ambiente de trabalho deve ser democrático e igualitário, dando oportunidade de participação e manifestação a todas e todos.
Que nossa universidade não seja palco de reprodução do machismo e da misoginia, assédios moral e sexual, mas sim um espaço no qual as mulheres sejam acolhidas e respeitadas como profissionais, acadêmicas e intelectuais que são.