Adufes se manifesta contra Reforma Administrativa em carreata no próximo domingo

A manifestação também pede o retorno do Auxílio Emergencial,  vacinação já para todas e todos e o impeachment de Bolsonaro e Mourão.

No próximo domingo (21) a população capixaba volta às ruas para a segunda carreata contra a Reforma Administrativa e pelo “Fora, Bolsonaro!”, que terá concentração a partir das 9h, no Tancredão, na Ilha do Príncipe, em Vitória. Além do impeachment do presidente, a carreata marcará o posicionamento contrário à Reforma Administrativa. A Adufes participará do protesto como integrante do Movimento em Defesa dos Direitos e pelo Serviço Público de Qualidade, que conta com cerca de 50 entidades e é um dos organizadores.

Também participará da carreata o “Movimento  Impeachment Já! ES em Luta”, constituído por diversas entidades. “A Adufes irá participar por ter compromisso com a luta do conjunto da classe trabalhadora. Estamos em um momento em que temos que conviver com os piores índices de desemprego, uma grande crise causada por políticas de austeridade fiscal e desmonte da estrutura do Estado”, diz a diretora do sindicato, Junia Zaidan.

Junia destaca que a Reforma Administrativa (PEC32) se insere no contexto desse desmonte ao dar ao governo Federal prerrogativas de Estado. Ela explica também que a reforma altera dezenas de cláusulas e artigos da Constituição Federal, desfigurando a natureza de bem-estar social do Estado brasileiro. A diretora da Adufes salienta que, no âmbito das universidades públicas, a iniciativa do governo Federal atinge docentes que já estão em exercício  e os que podem vir a ingressar no magistério superior.

Ao dar abertura para novos tipos de contratação, possibilitando, por exemplo, que isso possa ser feito por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e terceirizações, a reforma abre espaço para a contratação de servidores em condições ainda mais precarizadas, inviabilizando cada vez mais o atendimento da população.   A estabilidade de emprego, que é um instrumento para se construir o Estado de bem estar social previsto na Constituição, será extinta, submetendo os servidores a uma lógica de governo, tornando-os vulneráveis a ameaças, perseguição e ampliando a corrupção que o atual governo já pratica, como as “rachadinhas. Assim, atuais e futuras/os  servidoras/es estarão vulneráveis à troca de governos.

Junia destaca que, com o fim  de concurso público, previsto na PEC 32, voltarão práticas de cabide de emprego e apadrinhamento, além de as professoras/professores terem que assumir mais demandas dentro da instituição de ensino, o que intensificará a  sobrecarga de trabalho e, consequentemente, o adoecimento. “Outro problema é a possibilidade de redução e congelamento de salários”, diz a diretora da Adufes. Além da Reforma Administrativa e do Impeachment, os manifestantes reivindicarão, por meio da carreata, vacinação imediata para todas/todos e retorno do Auxílio Emergencial.

A carreata faz parte de uma movimentação nacional, portanto, não acontecerá somente no Espírito Santo. A primeira foi no dia 23 de janeiro, da qual a Adufes também participou.

O sindicato esteve presente, ainda, na Carreata em Defesa da Vida e dos Serviços Públicos, em primeiro de fevereiro, realizada pelo Movimento em Defesa de Direitos e Serviços Públicos de Qualidade, como parte do Dia Nacional de Luta, construído pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).

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