Ações de solidariedade da Adufes alcançam projetos da Rede AfirmAção em toda a Grande Vitória

Projeto vai além das doações e atua com ações formativas para que estudantes periféricos ingressem na universidade e se coloquem de forma ativa na comunidade, na luta por direitos e para que ousem questionar o lugar reservado pelo capitalismo ao povo da quebrada

A Adufes vem apoiando projetos e ações de solidariedade em meio à pandemia e à implementação do projeto econômico levada adiante no Brasil por Paulo Guedes e Bolsonaro, lançando milhões de pessoas à miséria e à fome. Ainda em 2020, a entidade iniciou as colaborações com a confecção de máscaras e protetores faciais, manutenção de equipamentos hospitalares, doação de cestas básicas, entre outras. Em setembro de 2021, o Sindicato chegou à sua quarta etapa na Campanha Solidária, fazendo uma parceira com a Rede AfirmAção, entre outras entidades.

Para a ação “AfirmAção Solidária” foram doadas cestas básicas que possibilitaram a realização da Cozinha Solidária de Oriente e Padre Gabriel, em Cariacica. A coordenadora da Rede AfirmAção de Cursinhos Populares e do Círculo Palmarino, Ana Paula Rocha, explica que também foi realizada a entrega para estudantes da Rede em toda a Grande Vitória: comunidades de Oriente, Itacibá, e Santana, todas em Cariacica; Planalto Serrano, na Serra; e Forte São João, em Vitória. Além disso, há ações em conjunto com o Coletivo Minas da Quebrada, em Flexal (Cariacica), e com o Cariacica Solidária, que fez entrega nas Comunidades e Terreiros de Religião de Matrizes Africanas.

No Romão, em Vitória, uma parceria com o coletivo Despertar do Morro e o Círculo Palmarino promove uma roda de conversa que tem como tema “Por que a periferia sempre se lasca?”. O objetivo é destacar a importância da solidariedade entre trabalhadores e trabalhadoras e da organização popular para conquistar direitos e garantir a sobrevivência.

Rede AfirmAção

A Rede AfirmAção de Cursinhos Populares é um movimento em defesa da democratização da Educação. Atua no campo da Educação Popular, promovendo curso pré-Enem e ações formativas para criar oportunidades para que estudantes periféricos ingressem no ensino superior e também se coloquem de forma ativa na comunidade, na luta por direitos e para que ousem questionar o lugar reservado pelo capitalismo ao povo da quebrada.

Além disso, o movimento é um projeto político que afirma que o jovem da periferia, que a tia que não pode estudar por ter que trabalhar para sustentar a casa, que a caixa de supermercado, entre outras/os, podem sonhar. E o principal é que eles podem fazer isso de forma coletiva. A lógica não é a dos cursinhos preparatórios, mas a de caminhar juntas/os para ousar subverter a ordem que, por meio do racismo, do machismo e das polícias do estado, excluem as pessoas da quebrada das universidades e dos espaços de poder. Quando um entra na universidade, a vitória é coletiva, ganhando a/o estudante, a universidade e, principalmente, a comunidade.

A Rede Afirmação de Cursinhos Populares caminha junto com o Círculo Palmarino e entidades como a Adufes, a Coalizão Negra por Direitos e a Frente Povo Sem Medo para organizar a população para enfrentar a política de morte do governo Bolsonaro.

Adufes