Aprovada a transmissão das sessões dos Conselhos Superiores da Ufes

Adufes reivindicou por 16 meses providências para que se cumprisse resolução de 2016.

Em sessão do Conselho Universitário (CUn) realizada nesta quinta, 16, finalmente foi aprovada a transmissão das sessões dos Conselhos Superiores. Desde agosto de 2020 o sindicato cobrou o cumprimento do Regimento, alterado em outubro de 2016, que previa transmissão ao vivo pela internet a partir de 2017.

Na última assembleia docente, por demanda da base, foi incluído na pauta e aprovado por unanimidade que a Adufes ingressasse com ação judicial, caso as deliberações sobre as transmissões não ocorressem na última sessão do ano. Na ocasião, as/os professoras/es manifestaram indignação com a morosidade da Administração Central para tomar as providências. “Transmitir as sessões é um primeiro passo, ainda que não seja o único, em direção à transparência dos debates e posicionamentos de quem representa suas unidades e categorias”, disse a presidenta da Adufes, Ana Carolina Galvão. Para ela, por mais que o sindicato mantenha a categoria atualizada por seus canais de comunicação e instâncias deliberativas da entidade, as pessoas têm o direito de assistir às sessões, fazer suas próprias análises e tirar suas conclusões. “Isso não significa que a Adufes abra mão de construir os posicionamentos enquanto categoria, significa, ampliar o espaço de debate”, afirma.

Representação Docente. O professor Maurício Abdalla (CCHN), representante docente no Conselho Universitário participou da última assembleia da Adufes e levou o posicionamento da categoria à reunião. Ele se encarregou de coletar as assinaturas necessárias para solicitar o regime de urgência, conforme encaminhado na plenária do sindicato, mas o pleito não obteve os votos necessários. Seguindo a pauta, a discussão foi realizada de forma ordinária e aprovada por unanimidade. Na avaliação de Abdalla, essa foi uma vitória daqueles que querem transparência, porque hoje as mais importantes instituições republicanas têm essa prática. Ele também observa que é surpreendente que ainda haja resistência em relação a esse ponto dentro da universidade. Segundo o professor, “É importante considerar que a aprovação por unanimidade significa que foi uma vitória de convencimento. Além disso, é preciso dizer que a luta pela transmissão das sessões é para dar publicidade às decisões e possibilitar a consulta dos posicionamentos e deliberações a qualquer tempo. Há uma demanda social e uma questão de princípios em tornar acessíveis as questões que são de interesse público”, finaliza.

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