#8M- Mulheres capixabas reivindicam direitos e fim da violência

Em cantos, falas e intervenções artísticas, elas denunciaram o machismo, o racismo e o genocídio capitaneado pelo governo Bolsonaro

 “Nós, mulheres do Espírito Santo, organizadas há mais de 40 anos, mais uma vez, mesmo sob enfrentamento da crise sanitária advinda da pandemia de Covid-19 e sob o governo genocida de Bolsonaro, Mourão e seus(as) aliados(as), tomaremos as ruas para gritar: Pela vida das mulheres: Basta de genocídio!”, diz trecho do manifesto 8M/ES. O documento –  “Pelas Vidas das Mulheres, Bolsonaro nunca mais!”  – foi construído coletivamente e conta com a assinatura de dezenas de entidades, entre elas, a Adufes.

Com cartazes, faixas e discursos, mulheres de movimentos populares, sindicatos, coletivos feministas e partidos políticos denunciaram a carestia, a fome, o desemprego, a violência de gênero e a política de destruição dos serviços públicos.

A luta é todo dia! A concentração do 8M na Praça Costa Pereira, na capital, contou com ato político e apresentações culturais que reivindicaram o direito à vida, traduzido em políticas de educação, saúde, emprego, cultura etc. Sindicalizadas/os da Adufes participaram da atividade com bandeiras, leques e camisetas, demonstrando o compromisso da entidade com a luta feminista.

“Temos construído cotidianamente a luta das mulheres, que não é a luta do 8 de março, mas de todos os dias. E no que se refere à universidade, a nossa luta é pela garantia das condições de trabalho e de vida das mulheres trabalhadoras, servidoras técnicas, docentes, terceirizadas e em especial de estudantes, porque essa é a finalidade de uma instituição de formação”, disse, lembrando que as mulheres da classe trabalhadora foram e são as mais afetadas pela crise sanitária, econômica e social que se aprofundou nos últimos anos. “Sofremos com a sobrecarga de trabalho, com as duplas, triplas e até quádruplas jornadas”.

Luta por direitos e greve. Lara Gobira, servidora técnica da Ufes e integrante da CSP-Conlutas, reivindicou o fim da violência de gênero, o direito ao emprego, à moradia, à alimentação e a paz mundial, frente à guerra existente na Ucrânia. Lara lembrou, ainda, dos ataques do governo Bolsonaro ao funcionalismo público e da mobilização das/os trabalhadoras/es em torno da campanha salarial 2022. Na agenda dos Servidores Públicos Federais, estão previstas mobilizações nos estados e em Brasília em 16 de março e o indicativo de greve unificada a partir de 23 de março.

A diretoria da Adufes convida a categoria a participar da Plenária Virtual do Dia Nacional de Luta pela Campanha Salarial, no dia 16, às 14h e da Assembleia da entidade na mesma data, às 16h. Acompanhe as publicações da Adufes e saiba como participar das atividades.

Violência de Gênero. Ao deixarem a Praça Costa Pereira, em Vitória, as manifestantes do 8M seguiram em caminhada pela Avenida Jerônimo Monteiro, fazendo parada nas escadarias do Palácio Anchieta, onde exigiram do governador Renato Casagrande políticas públicas, com especial atenção às de combate à violência contra a mulher e ao feminicídio. O ato terminou em frente ao Museu Capixaba do Negro (Mucane), na região do Parque Moscoso.

8M em Alegre. Professoras e professores da Ufes também foram às ruas em Alegre, no sul do ES, pedir um Brasil sem fome de comida e de educação. Com cartazes e frases, o movimento denunciou a desigualdade de gênero e as diversas formas de violência sofrida pelas mulheres.

Foto capa – Andressa Souza

 

 

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