Parte do Dia Nacional de Luta, o ato reuniu cerca de 40 movimentos na Praça Costa Pereira, na quarta (30).
Com faixas, cartazes e bandeiras, o grupo denunciou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020, que versa sobre a Reforma Administrativa, apresentada por Jair Bolsonaro e pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes. As atividades, realizadas no último dia 30, atendem à convocação nacional das centrais, sindicatos e entidades ligadas ao conjunto dos servidores públicos de todo país.
O Dia Nacional de Lutas, com manifestações, protestos e paralisações, denunciou junto à população o ataque que a reforma representa para a classe trabalhadora. “A PEC 32 deforma o próprio Estado brasileiro, pois destrói seu caráter social, substituindo-o por um Estado ultraliberal; é um ataque que vai além do serviço público, atingindo o conjunto da população, com o objetivo de aumentar as áreas de “negócio” lucrativo aos banqueiros e grandes empresários, que vivem da exploração da grande massa da população”, afirmam as organizações ligadas à categoria dos serviços públicos.
Durante o protesto, as/os trabalhadores também criticaram aspectos da PEC 32, como é o caso do fim do concurso público, que trará de volta práticas de apadrinhamento. A secretária da Adufes, Junia Zaidan, que atuou na coordenação da mobilização, lembrou ainda que a atividade é uma ação fortalecida por entidades sindicais do funcionalismo que compõem o Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais).
“O movimento vem se ampliando tanto nacional quanto localmente e envolve não só servidores, mas também trabalhadoras e trabalhadores, diversas organizações e movimento sociais”, destacou, informando que a população demonstrou disposição para lutar contra os retrocessos previstos na Reforma Administrativa.
PEC 32. Na carta aberta contra a PEC 32, divulgada pelas entidades, foi destacado que “o serviço público e os servidores atuam para atender à população, que constrói e sustenta o país com seu trabalho e impostos. Mas, [que] junto da mídia comercial, o governo tenta jogar a população contra os servidores, até mesmo culpando-os pela crise sanitária, econômica e política. Tudo isso para esconder quem tem privilégios, trai os interesses do povo e adota práticas corruptas, como este governo e seus aliados”, apontou trecho do documento.
Articulação Ampliada. Entre os 40 grupos que assinaram a carta estão o Fórum Capixaba em Defesa da Vida dos Trabalhadores, Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas, Central Única dos Trabalhadores (CUT-ES), Intersindical, Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes), Associação dos Servidores do Incaper (Assin), Coletivo LUTE-ES: Luta Unificada dos Trabalhadores em Educação do ES, Diretório Central dos Estudantes da Ufes, Núcleo Capixaba da Auditoria Cidadã da Dívida, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Coletivo Educação pela Base.
Fonte: Adufes