Faltam carteiras, salas de aula e para os professores, equipamentos de todo tipo e, inclusive, laboratórios. Falta tudo nas Instituições Federais de Ensino: desde o ambiente adequado para o exercício do magistério, da pesquisa e da extensão até o material didático-científico para os alunos.
Todavia, e o pior de tudo, é que falta o básico para a educação superior pública e gratuita existir no país: o professor. Esta é a situação das Instituições Federais de Ensino Superior (IFE) no Brasil, após da expansão de vagas nas instituições, entre 2007 e 2012, com o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). O aumento da precarização das condições de trabalho culminou na maior greve do setor dos docentes – foram 124 dias em que as universidades paralisaram para que o Governo sentasse para dialogar e assim entender as insatisfações da categoria.
Dossiê. O material foi elaborado para consolidar uma série de informações sobre a precarização das condições de trabalho nas Instituições Federais de Ensino, com base em relatórios produzidos pelos docentes nas Universidades, muitos deles elaborados durante a greve do ano passado. Segundo o 1º vice-presidente do ANDES-SN, Luiz Henrique Schuch, o Sindicato optou por produzir e divulgar o material utilizando formato de revista para expor os problemas enfrentados pela comunidade acadêmica das IFE de forma mais direta e de fácil acesso.
“Por meio deste material, pretendemos tornar pública a realidade de precarização das condições de trabalho nas Instituições Federais de Ensino, que refletem um modelo de subordinação da educação reduzida somente a condição de insumo para a economia ou como fatia de acumulação pela simples venda dos chamados ‘serviços educacionais’”, afirma Schuch.
*Com informações do Andes-SN.
Fonte: Adufes