Na segunda-feira (19) trabalhadores foram às ruas protestar contra a Reforma da Previdência.
Diante da iminência da votação da reforma da Previdência, que praticamente acaba com o direito à aposentadoria, vários sindicatos e movimentos sociais foram às ruas no Dia Nacional de Luta protestar contra mais um ataque à classe trabalhadora. Diretores e filiados/as da Adufes também se somaram à mobilização que saiu da Praça Oito, Centro de Vitória, percorreu as avenidas Princesa Isabel e Beira-Mar. O ato foi finalizado com um grande abraço simbólico na sede do INSS.
Com faixas, bandeiras e panfletos (veja da CSP-Conlutas), os manifestantes dialogaram com a população sobre a necessidade de resistência contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 287/16) da Reforma da Previdência, que na prática acaba com a aposentadoria de milhões de brasileiros. Durante todo o trajeto houve farta distribuição de panfletos.
“Se votar contra o povo vai ter troco”. Esse foi um dos recados dados pelos manifestantes àqueles que defendem a proposta da contrarreforma previdenciária. “Alguns deputados capixabas insistem em votar contra os trabalhadores. Lelo Coimbra (PMDB), Marcus Vicente (PP), Evair de Melo (PV). Esses estão irredutíveis e por isso vamos dizer ‘se votar não voltam’, avisou Laurenir França, da Frente Capixaba em Defesa da Previdência.
Dirigentes sindicais também criticaram a propaganda enganosa do governo que além de alegar déficit na previdência ainda ataca a dignidade dos servidores públicos. O presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto, lembrou que a reforma é maléfica para toda a sociedade. “Ela acaba com o serviço público. Aumenta o tempo de serviço e tira direitos dos trabalhadores, afeta a todos”.
Descontente com a política de desmonte da previdência social, a vendedora de picolé Durcinéia Claudina da Silva, 62, moradora da Ilha do Príncipe, viu na manifestação a chance de protestar. “Depois que esse Temer entrou ninguém acha emprego mais”, disse, revelando a desesperança de um dia poder se aposentar. “Piorou tudo, até para vender picolé na rua tá difícil”.
Organização de novos atos. Na noite desta terça-feira (20), os movimentos sociais (sindical e popular) realizam reunião para organizar ações, mesmo com a notícia de que a PEC não será votada durante a vigência do decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro. A suspensão da votação vale até 31 de dezembro, mesma data do decreto de intervenção. Se o decreto for revogado, a PEC pode voltar a tramitar. Por isso, a ordem é não vacilar. Panfletagens e outras ações estão previstas para ocorrer nas próximas semanas.
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Fonte: Adufes