Docentes se mobilizam e fortalecem Dia Nacional de Lutas em todo o país

Atendendo ao chamado do ANDES-SN, Seções Sindicais participaram e organizaram atos em vários estados, juntamente com as demais categorias que integraram as atividades do dia 11 de julho

Os professores das Seções Sindicais do ANDES-SN de todo o país atenderam ao chamado do Sindicato Nacional e foram às ruas nesta quinta-feira (11) para mostrar a força da categoria na luta por melhorias na educação. As pautas específicas dos docentes foram agregadas às bandeiras unificadas da classe trabalhadora, que compõem as reivindicações do Dia Nacional de Lutas com Greve e Mobilizações, organizada pelas oito centrais sindicais brasileiras – CSP-Conlutas, CUT, UGT, Força Sindical, CGTB, CTB, CSB e NCST -, com a participação do MST, Dieese, Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPF) e outros setores articulados no âmbito do Espaço de Unidade de Ação.

“Os professores deram uma grande demonstração de unidade em defesa dos trabalhadores aderindo à paralisação nesta quinta-feira, que sem dúvida é um marco na luta dos trabalhadores brasileiros. Em todo o país, fomos às ruas levando as nossas pautas específicas, que dialogam diretamente com as reivindicações da população e das outras categorias. Educação pública de qualidade, com a destinação imediata de 10% do PIB, condições dignas de trabalho, em defesa da saúde pública e contra a privatização dos hospitais universitários, contra o PL 92/2007, que cria fundações privadas no setor público, pela paridade entre ativos e aposentados, entre outras”, comenta Marinalva Oliveira, presidente do ANDES-SN.

Para Marinalva, as paralisações e manifestações deste dia 11 serviram para mostrar que a classe trabalhadora está insatisfeita com as políticas dos governos federal, estaduais e municipais e deu uma demonstração clara de que não irá mais aceitar pagar a conta da crise gerada pelo modelo de gestão em curso no país, que destina verbas públicas para socorrer empresas e bancos do setor privado, privilegiando uma minoria, ao invés de destinar recursos para as políticas públicas. 

“Este ato serviu para fortalecer a luta dos trabalhadores e para podermos definir novas práticas e ações. Sem dúvida, o envolvimento dos docentes nessa luta pautará as discussões durante o Conad, que acontece na próxima semana”, ressaltou a presidente do ANDES-SN, lembrando do 58º Conselho do ANDES-SN, que acontece entre 18 e 21 de julho, em Santa Maria (RS).

Manifestações
Sob o tema “Pelas liberdades democráticas e pelos direitos dos trabalhadores”, foram realizados protestos, atos públicos e passeatas em vários estados brasileiros. Dezenas de milhares de trabalhadores foram às ruas em todo o Brasil levando suas bandeiras e reivindicações. Diversas rodovias foram fechadas e algumas capitais, como Vitória (ES) e Porto Alegre (RS), tiveram paralisaram geral. Diversas Seções Sindicais do ANDES-SN prepararam atividades nas universidades, em ações conjuntas com os técnico-administrativos e estudantes. 

No Rio de Janeiro, a polícia militar reprimiu mais uma vez com extrema violência as manifestações. Relatos nas redes sociais dão conta de dezenas de pessoas feridas e outras tantas apreendidas durante os atos no centro da cidade e em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.
Em Brasília, a atividade reuniu representantes de diversas categorias na Esplanada dos Ministérios. Cerca de cinco mil trabalhadores participaram da marcha que partiu da Biblioteca Nacional, rumo ao Congresso. Durante o percurso, os manifestantes fizeram parada em frente ao Ministério do Planejamento, para cobrar do Executivo a retomada de negociações com os Servidores Públicos Federais.

“Essas movimentações todas que aconteceram no Brasil, de certa forma, têm dois focos: melhoria do serviço público, educação, saúde e transporte, que foi onde tudo começou, e também a questão da democracia, com os desmandos e a distância entre as promessas e discursos eleitorais e a prática na hora de governar”, opinou o 2º vice-presidente da Regional Planalto, Claus Matsushigue, durante manifestação realizada na tarde desta quinta-feira (11) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, que reuniu cerca de cinco mil pessoas.

O diretor do ANDES-SN destacou ainda a postura do governo de não negociar com a categoria durante a greve dos docentes, que durou mais de 120 dias. “Eles simplesmente ignoram a gente, ignoram os trabalhadores que atuam nos mais diversos setores do serviço público como saúde, educação, segurança, reforma agrária. As reivindicações das categorias do funcionalismo federal vão além da questão salarial, visam principalmente a melhoria dos serviços oferecidos à população”, explicou. 

O secretário-executivo da CSP-Conlutas, Paulo Barela, comentou sobre a participação da juventude nas manifestações, que tomaram conta do país desde o início de junho, durante o ato em Brasília. “Os ventos revolucionários da Europa, do Norte da África, a juventude na rua que varreu ditaduras, finalmente chegaram ao Brasil. A juventude está indo para as ruas exigir do governo mudança nas suas posturas políticas. Está na hora de dizer um basta e foi isso que as ruas disseram nas últimas semanas. Estamos nas ruas para dizer não à política do governo, de exploração da classe trabalhadora. Queremos avançar e este é só o começo. Se não mudar, vamos para a greve geral. Vamos à luta que a vitória pode ser alcançada”.

Segundo o coordenador-geral do Sinasefe, William Carvalho, a questão da destinação dos 10% do PIB para a educação pública é um dos pontos principais da pauta conjunta do setor, mas ressalta que há uma série de outras demandas que estão pautadas. “Existe uma insatisfação muito grande hoje na rede com a expansão precarizada que está sendo feita. Das 87 Seções Sindicais do Sinasefe, 50 decidiram paralisar no dia de hoje”.  Para Carvalho, esta é uma demonstração da insatisfação da categoria. “Tem uma série de questões por vir, que ainda não foram atendidas pelo governo, mas no campo geral estamos junto com os trabalhadores na questão dos 10% do PIB para a educação pública, não à precarização, pelo fim das terceirizações, entre outras demandas que estão sendo apontadas aqui”. 

Confira algumas das mobilizações que tomaram conta dos estados:

  1. Amazonas – Professores, estudantes e técnico-administrativos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) bloquearam a entrada da instituição em Manaus. A manifestação foi realizada das 5h30 até o final da manhã. Grande parte dos docentes suspenderam as aulas em apoio à manifestação.

O presidente da Adua, José Belizário, informou, em entrevista ao G1, que a luta contra uma instituição supostamente sucateada e o temor de privatização do Hospital Universitário Getúlio Vargas são as principais bandeiras. “Essa proposta de deixar o HUGV para atender metade pelo SUS e outra metade para planos de saúde é perigoso. As empresas somente possuem preocupação com o lucro, enquanto as instituições de ensino superior devem priorizar a pesquisa científica”. 

Pela tarde, manifestantes se concentraram no cruzamento das Avenidas Sete de Setembro e Eduardo Ribeiro, no Centro de Manaus, para realizar um novo protesto.

Mato Grosso – Estudantes, professores e a sociedade em geral participaram de rodas de debate e programação cultural no campus de Cuiabá, promovido pela Associação de Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat). Além das discussões que abordaram às reivindicações do Dia Nacional de Lutas, a Adufmat também fez grafites – técnica de desenho da cultura hip-hop – nos tapumes instalados na universidade. Também foram realizadas rodas de capoeira, declamação de poesias e apresentações de rock. A luta contra alterações na Resolução 158/2010 do Consepe, que regulamenta a carga horária docente, foi um dos pontos centrais da pauta específica dos docentes da UFMT. Os técnico-administrativos também aderiram à paralisação, que resultou na suspensão de aulas e serviços. 

Acre – Mais de 1300 servidores, entre docentes e técnico-administrativos da Universidade Federal do Acre, aderiram à paralisação de 24 horas na universidade. “Este não é um movimento somente da Ufac, é de todo o serviço público do país”, afirmou o subsecretário da Associação dos Docentes da Ufac (Adufac), Aroldo Carsoso, em entrevista ao G1. “Nós queremos que o país seja próspero e que os serviços públicos sejam de altíssima qualidade. Para que isso se torne realidade é preciso que a corrupção seja banida”, completa.

  1. Sergipe – Docentes da Universidade Federal de Sergipe (UFS) integraram a manifestação que se reuniu na Praça Fausto Cardoso em um ato de paralisação pelo dia 11 de julho, para reivindicar melhorias para a categoria e para a classe trabalhadora em geral. Em entrevista ao portal Infonet, a presidente da Associação dos Docentes da UFS (Adufs), Brancilene Araujo, a luta da categoria vai além de melhorias locais. “A nossa pauta é por uma infraestrutura para trabalhar, com laboratórios, hospitais equipados e salas de aula climatizadas para que os professores possam desenvolver o seu trabalho. Também lutamos pela carreira dos professores, que gerou uma greve no ano passado. Esperamos que o governo discuta o projeto de Lei 12.777/2012 da carreira do docente para que ela possa ser atrativa para os docentes que virão”.

Às 16h, os manifestantes saíram em cortejo pelas ruas da cidade com destino a avenida Ivo do Prado, Barão de Maruim, Pedro Calazans, e retorno pela rua Própria. O ato foi encerrado na Assembleia Legislativa.

Rio de Janeiro – Na tarde desta quinta-feira, manifestantes se concentraram na Candelária e ocuparam a pista central da avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, onde eram início a uma passeata que percorreu algumas das principais ruas da região. Professores e estudantes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Asduerj), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Adufrj), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Adunirio), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Adur-RJ) e da Universidade Federal Fluminense (Aduff) participaram dos atos

Também foi realizada uma manifestação de estudantes e docentes na Praça XV, que reivindicou mais investimentos para a saúde, educação públicas, além de melhoria dos transportes públicos, com faixas e cartazes de várias centrais sindicais e sindicatos, entre eles o ANDES-SN. A Anel também lembrou a recente chacina ocorrida na Maré em 24 de junho. Os docentes das UFF também realizaram manifestações em Niterói, em frente ao Hospital Universitário Antônio Pedro, em Rio das Ostras, em frente à Prefeitura da cidade e em Campos, na Praça São Salvador.

Pernambuco – Os docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Ufepe) reivindicaram por mais investimentos na educação, saúde e transporte público. A Associação dos Docentes da Ufepe (Adufepe) promoveu um dia de reflexão e ação. Os professores receberam a população na entrada do campus da universidade com panfletos sobre a pauta de reivindicações, com o objetivo de conscientizar a comunidade acadêmica e chamar a atenção para a pauta local dos docentes. Pela tarde, os docentes integraram outras mobilizações, em conjunto com as demais categorias. 

Em Petrolina, os docentes da Universidade Federal do Vale do São Francisco participaram do dia 11, através de diversas organizadas pelo Sindunivasf em conjunto com as entidades locais, que tiveram início com a concentração na praça do Bambuzinho no centro da cidade. De lá, os diversos movimentos sociais presentes seguiram em direção à Prefeitura de Petrolina onde foram realizados vários protestos. Depois, seguiram em direção à Ponte Presidente Dutra e foram recebidos pela Polícia Militar de Pernambuco fortemente armada, impedindo a passagem para Juazeiro-BA. Após horas de negociações, a ponte foi liberada.

Pará – Os professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) paralisaram as atividades por 24 horas e integraram o ato conjunto nas ruas do centro de Belém. 

Rio Grande do Sul – Os trabalhadores da cidade de Santa Maria realizaram uma marcha pelas ruas centrais da cidade, encerrando o dia de protestos do dia 11. A concentração e vigília foi realizada na praça Saldanha Marinho. Os manifestantes desceram pela Avenida Rio Branco e passaram em frente à sede da Associação dos Transportadores Urbanos (ATU), e vaiaram os concessionários em função da baixa qualidade do transporte e o preço elevado da tarifa. As faixas e as palavras de ordem proferidas por sindicalistas no carro de som destinavam de forma igualitária as críticas aos três níveis de governo: prefeito Cezar Schirmer (PMDB), governador Tarso Genro (PT) e presidente Dilma Rousseff (PT). Um dos temas de destaque da caminhada se referiu ao transporte coletivo.

A Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm) produziu e entregou um “manifesto sobre o transporte coletivo”, dando ênfase a esta pauta. O professor Luiz Carlos Nascimento da Rosa, do comando de mobilização da Sedufsm, criticou duramente o governo Dilma, lembrando que em 2012, os professores das instituições federais fizeram uma greve de 118 dias em favor da carreira e de melhores condições de trabalho, mas não foram atendidos, tendo o governo fechado acordo com uma entidade “chapa branca”, o Proifes.

De acordo com a página do Facebook Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação (Ninja), que faz a cobertura das manifestações em todo país, a manifestação em Pelotas começou pela manhã e reuniu diversos grupos, entre eles, a Associação de Docentes da Universidade Federal de Pelotas (Adufpel). Pela tarde, centenas de pessoas pararam o Pedágio do Retiro e reivindicaram a não entrada em vigor do Termo Aditivo nº 001/00, que prevê mais 10 anos de concessão dos pedágios do Polo Sul de estradas para a empresa Ecosul.

 

Espírito Santo – Docentes, estudantes e técnico-administrativos, além de outros trabalhadores, se concentraram na manhã do dia 11 em frente ao Teatro Universitário, no campus Goiabeiras da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e produziram cartazes e faixas que foram utilizados no protesto que seguiu até a Assembleia Legislativa do estado. A manifestação, que reuniu várias categorias de trabalhadores e população, percorreu vias principais da capital e seguiu para o Palácio Anchieta. “Esse dia não termina hoje. Temos muitas lutas pela frente e precisamos estar unidos e fortes”, ressaltou o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto do alto de um dos carros de som estacionado em frente à Assembleia Legislativa do ES. 

  1. Bahia – A Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs) paralisou as atividades acadêmica e participou das passeatas em Feira de Santana e Salvador. Docentes da universidade e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira de Santana fizeram uma mobilização com panfletagem às 7h e seguiram para a BR 116 Norte às 9h, onde bloquearam o trânsito por uma hora. Mais tarde, o grupo seguiu para a concentração marcada em frente à Prefeitura Municipal para integrar às outras categorias. “Esse ato é vitorioso e apenas um ponto de partida das nossas lutas, pois quando a classe trabalhadora para, o Brasil para”, disse o coordenador da Adufs, Elson

A Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (Apur), diversos sindicatos e movimentos percorreram as ruas da cidade de Cruz das Almas para reivindicar não só a pauta da categoria docente, mas de todos os trabalhadores e trabalhadoras. O ato reuniu cerca de 300 pessoas que pediam melhoria de qualidade de todos os serviços públicos. 

Segundo o presidente da Apur, David Teixeira, a união de diversos setores de trabalhadores e trabalhadoras é de suma importância, pois é uma forma de unificar as reivindicações. “Hoje, Cruz das Almas deu uma grande demonstração da unidade dos trabalhadores. As pautas específicas das categorias são menosprezadas pela prática política do governo. E, quando estão unificadas, a gente consegue empurrar com maior força e exigir o cumprimento dessas pautas”, afirmou.

Os docentes da Universidade Estadual da Bahia (Aduneb) também participaram das atividades da capital baiana, que reuniu cerca de 3 mil trabalhadores. Vestindo camisetas laranja com palavras de ordem, os professores exigiram a atenção do governo do estado à educação pública.

Goiás – Os professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) integraram as manifestações realizadas no estado em 11 de julho, que reuniu cerca de 2.500 trabalhadores. Cinco rodovias federais foram interditadas em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Itapaci e Serranópolis e liberadas no início da tarde. Os manifestantes se reuniram na Praça do Bandeirante, no Centro de Goiânia, e seguiram para a Praça Cívica, com concentração em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede administrativa do governo do estado. No Campus da Cidade de Goiás, da UFG, os docentes também paralisaram as atividades neste dia 11.

No início da manhã, estudantes e professores da Universidade Estadual do Goiás (UEG) bloquearam a BR-060, que liga Goiânia e Brasília, e ocuparam a Reitoria da Universidade até o final da tarde. Organizado pelo Movimento Mobiliza UEG, a manifestação é contra a criminalização do movimento, depois que o Tribunal de Justiça de Goiás considerou a greve, que dura mais de 70 dias, ilegal, na última segunda-feira (8). Entre as principais reivindicações dos grevistas está a reforma nas unidades, a construção de restaurantes universitários, aumento do número de bolsas para alunos, reposição salarial para os professores, entre outras melhorias.

Rio Grande do Norte – Em Mossoró, cerca de 600 pessoas de vários sindicatos, centrais sindicais e movimentos sociais participaram da manifestação que percorreu diversas ruas do centro da cidade com cartazes, apitos e palavras de ordem. Os professores, técnico-administrativos e estudantes da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern) participaram da paralisação e foram às ruas. Com faixas com os dizeres “Em defesa da Uern”, todos reivindicavam melhorias na infraestrutura da universidade, mais verbas, autonomia financeira, assistência estudantil digna, entre outras pautas.

A mobilização teve início na Praça do Teatro Municipal Dix-huit Rosado, percorreu diversas ruas e chegou à Praça Rodolfo Fernandes (Praça do Pax). Para denunciar as condições precárias de infraestrutura da universidade, a Aduern produziu um vídeo com imagens e depoimentos de professores e estudantes da instituição. A primeira parte do vídeo “A Uern hoje”, que contempla o Campus Central da Universidade, foi exibida na última quarta-feira (10) no Centro de Convivência, como uma forma de mobilizar os segmentos. 

Paraná – Os docentes, técnico-administrativos e estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) participaram de uma assembleia comunitária, realizada no pátio da Reitoria da universidade, para discutir sobre a atual conjuntura do país e o processo de Estatuinte da universidade. Pela tarde, a comunidade acadêmica se somou aos trabalhadores que integraram o ato público na Praça Rui Barbosa. 
Os professores do Sindutf-pr – Sindicato dos Professores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – também participaram de seminário e das manifestações realizadas no campus de Curitiba, juntamente com os docentes da UFPR, e dos protestos na Praça Rui Barbosa. 

No dia 11, foi realizada uma audiência pública na Câmara Municipal de Guarapuava para discutir passe livre e qualidade do transporte público coletivo, que reuniu mais de 30 entidades. Como resultado, um grupo de trabalho foi formado para analisar as planilhas de custos da concessionária do transporte público urbano em Guarapuava. 

Também foi destacado que a audiência pública e a abertura das planilhas da concessionária foram resultado da força que o povo de Guarapuava mostrou nas ruas na manifestação do dia 22 de junho, que reuniu cerca de dez mil pessoas. Havia muitas bandeiras e reivindicações, mas uma bandeira unificou todas as demais, que foi a necessidade de se discutir o modelo da concessão pública do transporte coletivo. “Foi emblemático que, ao final das três passeatas, o povo se reunisse no terminal da Fonte e o tenha ocupado, para ali centralizar todas as manifestações”, afirmou a presidente da Adunicentro, Denny William da Silva.

Paraíba – Os docentes, técnico-administrativos e estudantes da Universidade Federal de Campina Grande (Ufcg), por iniciativa da Associação dos Docentes da Ufcg (Adufcg), do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintespb/Ufcgt) e do DCE-Ufcg, fecharam o portão principal da universidade, fizeram panfletagem e obstruíram as avenidas em frente ao campus. 

Em seguida os manifestantes seguiram em marcha para o centro da Cidade, percorrendo toda a Avenida Rodrigues Alves até a frente da Câmara de Vereadores. Em seguida, passaram pelo Parque do Povo e pela Avenida 13 de Maio até a Praça Clementino Procópio para encontrar os manifestantes de outras categorias que ocuparam o centro da cidade. De lá, o grupo percorreu as principais ruas do comércio local, fechando lojas e liberando os trabalhadores para acompanhar o protesto. 

Piauí 
– Diversas categorias de trabalhadores, movimentos populares e estudantis se concentraram às 14 horas na Praça da Liberdade, em Teresina, e iniciaram a manifestação pelo centro da cidade. O protesto denunciou as péssimas condições dos serviços públicos e exigiu dos governos a redução do preço e melhorar a qualidade dos transportes coletivos, o fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias, fim dos leilões das reservas de petróleo, entre outros. 

Os docentes e estudantes da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) estiveram presentes, e levaram as bandeiras de luta construídas pela Campanha #SOSUESPI. A passagem pelo Palácio de Karnak foi simbólica e denunciou o descaso do governo com a universidade, a falta de investimento e de prioridade com a educação. 

Santa Catarina – Os docentes da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) também participaram das mobilizações. 

Maranhão – Os professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) paralisaram as atividades e participaram de atividades em conjunto com o DCE e demais trabalhadores da universidade.

Brasília – Docentes da Universidade de Brasília (UnB) paralisaram as atividades e participaram de ato público em conjunto com outras entidades do DF, que se concentrou na praça do Museu da República e seguiu para o Congresso Nacional, com parada em frente ao Ministério do Planejamento, cobrando a retomada das negociações com o servidores públicos federais e um ato em frente ao Ministério da Agricultura. Entre as pautas estava ainda a democratização das comunicações e a Reforma Agrária.

  1. O professor da UnB Carlos José participou da manifestação em Brasília, e destacou o papel dos profissionais da educação: “nesse momento em que, enfim, o povo parece estar acordando, todo o setor da educação tem um papel fundamental a desempenhar neste processo de mudança. Temos que estar aqui nos juntando às outras categorias, aos outros setores para aumentar ainda mais a pressão. E aqui em Brasília, em particular, como a gente está na frente do Congresso, é ainda mais importante e simbólico”. 

A professora da UnB Liliane Machado avalia que os professores devem participar mais das mobilizações. “Este é o momento de a gente se integrar, com uma pauta bastante específica, que é a pauta da educação. Mas, claro,  estamos junto com todos os trabalhadores, mas mirando as nossas questões que são as da greve: por uma carreira decente estruturada e por melhores condições de trabalho.”

Ceará – Os professores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e da Universidade Federal do Ceará paralisaram as atividades e participaram de ato unificado com as demais centrais e movimentos sociais do Ceará. 

  1. Alagoas – Os docentes da Universidade Federal de Alagoas paralisaram as atividades e participaram de ato público na Praça do Centenário, no centro de Maceió. 

    Minas Gerais
     – Os professores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), da Universidade Federal de Uberlândia e do Sindicefet-MG, em Belo Horizonte, paralisaram as atividades e participaram das manifestações. Em Uberlândia, o ato foi concentrado no início da tarde na Praça Tubal Vilela, no centro, e os trabalhadores percorreram as principais ruas da cidade em direção à Prefeitura Municipal. Em Viçosa, a Aspuv entregou um documento à Reitoria, no qual solicita a reunificação dos calendários de graduação e pós graduação e participaram da marcha do Movimento “Viçosa que queremos”, no centro da cidade. Os professores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) participaram de ato público à tarde na Câmara Municipal de Juiz de

* Com informações repassadas pelas Seções Sindicais, do Ninja, do portal G1.com, R7 e Infonet.
* Fotos das Seções Sindicais – Confira mais imagens na página do ANDES-SN no Facebook.

Fonte: ANDES-SN