Os manifestantes divulgaram nota oficial, na qual reafirmam que só deixarão a Casa quando o projeto de decreto legislativo que suspende a cobrança de pedágio na Terceira Ponte for votado. Os integrantes do Ocupa ALES querem o corte do ponto dos 16 deputados que faltaram à sessão dessa quarta-feira (10), quando o projeto poderia ter sido votado. Pedem, ainda, um espaço permanente destinado aos movimentos sociais dentro da casa do povo; e uma reunião com o governador Renato Casagrande.
Confira a íntegra da nota dos ocupantes da Assembleia:
“Nós, que ocupamos a Casa do Povo do Espírito Santo, viemos a público reforçar nosso posicionamento de resistência na Assembleia Legislativa. Nosso objetivo é o fim do pedágio e exigimos a votação do decreto que acaba com este contrato comprovadamente corrupto, abusivo e inconstitucional, uma afronta ao povo capixaba.
Ao contrário do que foi veiculado pela imprensa no depoimento do secretário de comunicação da casa e membros da mesa diretora, em nenhum momento assumimos o compromisso de deixar o prédio na manhã desta quinta-feira às 11 horas. A mesa diretora quebrou seu compromisso de não fazer declarações à mídia até que tivéssemos um posicionamento formado.
Analisamos em assembleia coletiva e decidimos que não aceitaremos a proposta de deixar o prédio com pequenas concessões. Também apresentamos à mesa outras pautas que consideramos importantes: o corte de ponto dos deputados que boicotam as sessões, uma reunião do movimento diretamente com o governador e a instituição de um espaço permanente destinado aos movimentos sociais dentro da casa do povo.
Essas conquistas são bem-vindas, mas reforçamos: nossa pauta é a votação e aprovação do projeto na sessão ordinária da próxima segunda-feira, e resistiremos até lá.
Desocupamos o Gabinete da Presidência para garantir o funcionamento normal da casa, e o boicote de 15 deputados às sessões ordinárias só deixa claro uma manobra para se eximirem de sua responsabilidade de representar o povo. Eles temem a opinião do povo e não querem abrir mão do apoio da Rodosol. Isso, não aceitaremos.
A liminar requerida pelo Ministério Público e concedida pela Justiça já é uma vitória, mas não resolve o problema e nem atinge nosso objetivo. Uma decisão liminar é provisória, pode ser derrubada a qualquer momento por recurso e não impede a aprovação do decreto pelo poder legislativo.
Estamos sofrendo ameaças constantes de invasão policial, bloqueio de mantimentos e terrorismo psicológico por parte das autoridades, mas reforçamos nossa função de representar o povo em sua casa. Convocamos a ajuda da população para travar a batalha nas ruas! O povo cansou de ser enrolado e exigimos o fim do pedágio!
Certos de seu apoio,
Movimento Ocupa ALES.
Fonte: Adufes