Paralisação Nacional reforça papel da unicidade de ação sindical na definição dos rumos do Espírito Santo e do Brasil.
O Dia Nacional de Luta na Grande Vitória entrou para a história da classe trabalhadora. Mais uma vez, sindicatos, movimentos sociais e populares se uniram para somar forças, resgatando a unidade em torno de reivindicações que estão na pauta dos trabalhadores, como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho e a Projeto de Lei 4330, que amplia as terceirizações.
Numa demonstração de unidade de classe, diversas entidades representativas de diferentes segmentos sociais realizaram na manhã desta sexta-feira, 30, atos que tiveram início às 5 horas da manhã. “Os atos públicos têm em essência, abrir a negociação com o Governo Federal e o Congresso Nacional em torno de bandeiras de interesse da classe trabalhadora”, disse o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto.
Foram realizadas atividades em todos os municípios da Região Metropolitana. A concentração dos manifestantes ocorreu no final da manhã, em frente do prédio da Federação Nacional das Indústrias (Findes), na Reta da Penha. Na ocasião, pneus foram queimados e a Avenida foi interditada nos dois sentidos. Houve bloqueios nas principais entradas de acesso a capital, sendo que o pedágio, em Vila Velha, ficou interditado por mais de 4 horas. Além disso, o porto de Vitoria também teve suas operações suspensas ou reduzidas.
“Desta vez, a classe trabalhadora parou para priorizar a luta que inclui ainda 10% do PIB para a Educação; 10% do Orçamento da União para a Saúde; transporte público e de qualidade/mobilidade urbana; valorização das aposentadorias; contra a precarização das condições de trabalho; reforma agrária e suspensão dos leilões de petróleo”, destacou Izabel Costa diretora executiva do Sinasefe.
“Privatização. Para Max Celio, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal), a terceirização acaba com os direitos conquistados historicamente dos trabalhadores. “A PL 4330 fere o princípio de constitucionalidade de que a relação de serviço deve partir da premissa da relação direta entre empresa e trabalhador”, disse Célio. De acordo com ele, o projeto de lei é o princípio da reforma trabalhista feita em outros moldes, o da privatização.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), 27,1% dos trabalhadores terceirizados ganham menos que um contratado direto. “Portanto, nos manteremos fortes nas ruas, lutando pela derrubada desta PL, que precariza ainda mais as condições de trabalho”, defendeu o representante do Sindimetal.
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Fonte: Adufes