Em diversas capitais do país, trabalhadores e estudantes foram às ruas protestar neste 7 de setembro. Paralelo aos desfiles cívicos, a CSP-Conlutas integrou as iniciativas que ocorreram, participando do tradicional do Grito dos Excluídos, cujo tema foi “Juventude que ousa lutar, constrói o projeto popular”.
Os inúmeros relatos do uso abusivo do aparato policial contra os manifestantes e os trabalhadores da imprensa, com o claro objetivo de impedir a atuação desses profissionais, confirmam que as mobilizações, em grande parte composta por esta juventude, se depararam mais um a vez com a repressão truculenta do estado.
Diante disso, o ANDES-SN divulgou na segunda-feira (9), uma moção de apoio e solidariedade “aos ativistas que foram violentamente reprimidos por ação policial nos atos do Grito dos Excluídos, realizados em todas as cidades brasileiras”.
No texto, a diretoria do Sindicato Nacional repudia “a brutal repressão e violência do Estado contra os manifestantes, e exigimos o direito à livre manifestação, o fim das perseguições e a imediata libertação dos manifestantes presos”.
No Espírito Santo, o tradicional “Grito dos Excluídos” levou centenas de pessoas para as ruas do bairro Vila Nova de Colares, no município da Serra. Com rostos pintados, bandeiras e balões coloridos, os manifestantes pediram o fim da violência no Estado e da desigualdade social. Um boneco gigante do governador Renato Casagrande (PSB), vestido com roupa de militar e com uma arma em uma mão e gás de pimenta na outra, simbolizou a criminalização dos movimentos sociais.
Na parte da tarde, uma outra passeata, que saiu da Ufes (Vitória) foi duramente reprimida pela Tropa de Choque da PM. Bombas de efeito moral foram usadas para dispersar parte dos manifestantes. Muitos tiveram que voltar para o campus da Ufes para se proteger. Quatro pessoas foram detidas e um menor apreendido. Em meio ao conflito, uma pessoa foi atropelada e levada também para dentro da Universadade.
Fonte: Andes e Adufes