Greve vai começar dia 17 de março, segunda-feira!

 

Em reuniões com a Fasubra, governo não aponta nenhum avanço na pauta de reivindicações. Com isso, a greve vai começar forte em todas as universidades federais do País!

Os trabalhadores das universidades federais do Brasil começam uma grande greve nacional por tempo indeterminado a partir da segunda-feira, dia 17 de março de 2014.

Nesta data será instalado o Comando Local de Greve do Sintufes, que definirá locais de concentração dos trabalhadores em cada um dos campi, bem como coordenará as ações e manifestações durante os dias de greve.

“A Fasubra fez reunião com o governo nos dias 06 e 07 de março e nada foi apresentado. Não houve nenhum aceno concreto para atender nossas reivindicações nem por parte do Ministério da Educação e nem por parte do Ministério do Planejamento. Só promessas de reuniões futuras, como se isso representasse uma negociação de verdade. Mas não tem nada de concreto. Por isso, a deflagração da greve é inevitável. E a greve começa a partir da segunda, dia 17, em todas as universidades federais. Vamos para greve, pois só assim poderemos ter nossas reivindicações atendidas”, convoca a coordenadora-geral da Fasubra e diretora do Sintufes, Janine Vieira Teixeira.

Confira aqui a íntegra do relatório do coletivo Vamos à Luta, da Fasubra, que participou das reuniões com o governo.

Todos os campi!

Aqui no Estado, os trabalhadores dos campi da Ufes de Goiabeiras e Maruípe, em Vitória, os de Alegre (CCA, no Sul do Estado) e os de São Mateus (Centro Universitário do Norte do ES) vão participar da movimento paredista.

Os trabalhadores técnico-administrativos do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam – Hospital das Clínicas) – campus de Maruípe, também vão aderir à paralisação.

Funcionamento

Durante o movimento grevista, no Hucam, os setores de marcação de consultas e consultas ambulatoriais de clínica geral, pediatria geral, ginecologia entre outros procedimentos não serão realizadas normalmente. A categoria deve manter nesses locais um efetivo mínimo de 30% dos trabalhadores. Apenas serviços de internação e cirurgia, além das consultas de programas especiais (diabetes, oftalmologia, câncer, aids, tuberculose, hanseníase entre outros) não serão afetados pela paralisação.

Já nos campi (Goiabeiras, Maruípe, São Mateus e Alegre) os trabalhadores devem manter o efetivo de 30% nos colegiados e secretarias de cursos, pró-reitorias e demais setores. Com isso, o funcionamento de serviços de matrícula, bibliotecas, restaurantes universitários será afetado pela paralisação.

A greve foi deliberada pela plenária nacional da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativo em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil), no dia 09 de fevereiro de 2014, e vai atingir mais de 40 universidades federais em todo o Brasil.

Os trabalhadores reivindicam melhorias na carreira, reposicionamento dos aposentados, jornada ininterrupta de trabalho, cumprimento integral do acordo de greve de 2012, revogação do contrato dos hospitais universitários com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), entre outros pontos. Veja abaixo na íntegra.

Pauta da greve

• APRIMORAMENTO DA CARREIRA – piso e step (detalhamento do acúmulo histórico da categoria já deliberado será apresentado pela direção nacional da FASUBRA às assembleias). Extensão do art. 30 da lei 12.772/12 para os técnicos. O artigo permite que professores possam tirar licença para fazer mestrado e doutorado, a partir da sua aprovação no estágio probatório. Os técnicos têm que esperar cinco anos;

• ASCENSÃO FUNCIONAL – precisamos ter o direito de ascender na carreira e para isso é preciso que sejam aprovados os projetos de lei que estão no Congresso. Um deles é o que cria o Concurso Interno. Ou seja, quando houver concurso na Universidade um percentual de vagas é separado para os trabalhadores da própria instituição. Só assim se pode entrar na Universidade como auxiliar e sair com o cargo de nível superior;

• CUMPRIMENTO INTEGRAL DO ACORDO DA GREVE DE 2012 – reconhecimento dos certificados de capacitação dos aposentados e reconhecimento dos cursos de mestrado e doutorado fora do país, e cronograma com resolutividade para a negociação dos relatórios de todos os GTs;

• REPOSICIONAMENTO DOS APOSENTADOS – corrige a perda que os aposentados tiveram no enquadramento de 2005, apenas com o tempo de serviço público federal;

• Turnos contínuos, com jornada de trabalho (30 horas) sem redução salarial para manter a universidade aberta nos três turnos;

• Revogação das orientações normativas 15 e 16 da insalubridade – contagem de tempo especial;

• Revogação da Lei da EB$ERH com concurso público pelo RJU, pela aprovação da ADIN 4895;

• Não à perseguição e à criminalização da luta! Democratização já;

• Isonomia e valorização dos benefícios entre os três poderes;

• Liberação de dirigentes sindicais para o exercício de mandato classista (Mudança da legislação);

• Construção e reestruturação das creches nas universidades para os seus trabalhadores sem municipalização.

Fonte: Sintufes