Adufes alerta sobre fraude contra os professores

O Sindicato avisa aos professores para mais um golpe que está sendo aplicado no mercado.  Desta vez, as quadrilhas têm utilizado o nome do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) para tentar ludibriar as pessoas, principalmente os servidores aposentados.  Uma professora aposentada, filiada à Adufes,  recebeu em sua residência uma correspondência enviada pela quadrilha.  

O CNSP, órgão máximo do setor de Seguros, tem avisado os consumidores sobre esse golpe que está ocorrendo em larga escala por todo o país. Na correspondência enviada à professora da Ufes, o falsário  informa que a mesma  teria crédito a receber da previdência/pecúlio. Ficou constatado se tratar de fraude, portanto a recomendação é que quem receber tal correspondência não deve depositar qualquer valor em favor da citada empresa.

O CNSP tem informado, inclusive, que em nenhuma hipótese entra em contato com os cidadãos para fazer tais comunicações. No site da Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, e que fiscaliza a política de seguros determinada pelo CNSP, há inclusive exemplos das correspondências enviadas pelos golpistas.

“Os golpistas utilizam, em correspondências e contatos telefônicos, o nome do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP para fazer as pessoas acreditarem na existência de valores a receber referentes a contratos de seguros ou planos de previdência. Algumas vezes, são mencionadas ações judiciais supostamente julgadas procedentes. Estes contatos são inteiramente falsos”, diz nota publicada no site da Susep.

A autarquia recomenda, inclusive, que não sejam efetuados quaisquer pagamentos ou depósitos, nem sejam fornecidos dados pessoais ou cadastrais. “Além disso, qualquer cidadão pode fazer queixa às autoridades policiais competentes e encaminhar denúncia à Susep”, pede.

Jornalista da Adufes fala com golpista. Na correspondência enviada à professora da Ufes a quadrilha pediu que a aposentada entrasse em contato com dois números de telefones, caso quisesse mais informações sobre o recebimento do “benefício”. Para averiguar pessoalmente como a quadrilha age, uma das jornalistas da Adufes ligou para um dos números informado.

 Se passando por professora, a jornalista foi atendida por um homem que se identificou como sendo Dr. M.S.  A assessora também repassou nome e número de documentos falsos , e  o  “Dr. M.S.” solicitou, então, que a mesma  retornasse a ligação em 20 minutos, pois precisava “descer com o processo” para informar os “valores a receber”. No tempo combinado, a jornalista voltou a ligar, sendo atendida prontamente. “Estou com o seu processo aqui em minhas mãos V.S(nome fictício) e a senhora poderá receber três parcelas de R$ 24.779,68 ou, se preferir, o valor total de R$ 74.339,04”, garantiu.

Demonstrando satisfação com a notícia, a jornalista foi informada que os valores seriam repassados para a conta da mesma e em cheque nominativo ou TED. “Você escolhe professora”, afirmou. O falsário então fez alguns cálculos – referentes a despesas de guias e taxas – e, no final, disse que a mesma teria que depositar R$ 5.835,61 para que pudesse receber o “benefício”, que seria ainda “corrigido”. Após tirar algumas dúvidas, a jornalista ficou de retornar a ligação com o número da conta corrente do filho para que Dr. M.S.  pudesse  efetuar o depósito. “Não demore muito em me dar o retorno, ok? Podemos resolver isso hoje ainda”, garantiu o falsário em tom bastante amigável. 

 

Fonte: Adufes