Em São Paulo, a delegação do ANDES-SN se reúne com representantes de movimentos de todo o Brasil no Sindicato dos Metroviários para a manifestação “Na Copa Vai ter Luta”.
O dia 12 de junho marca o início da Copa do Mundo no Brasil e também da jornada “Na Copa vai ter Luta”, organizada pelo Espaço Unidade de Ação, composto por diversos movimentos sindicais, sociais e populares. Manifestações em diversas cidades do Brasil irão denunciar as injustiças cometidas pelo estado neste período de megaeventos e o consequente descaso com a saúde, educação, transporte, moradia, salário e reforma agrária, assim como a criminalização dos movimentos e a repressão aos manifestantes.
Segundo a CSP-Conlutas, a proposta é unificar as diversas lutas que estão acontecendo neste momento. A mobilização não é contra o mundial de futebol, muito menos contra o esporte, e sim uma ação que confronta os governos municipais, estaduais e federal e questiona o abandono dos serviços públicos, dos direitos dos trabalhadores e do próprio povo, que sofre com as remoções forçadas e a falta de assistência, acompanhando o favorecimento sistemático dos empresários dos megaeventos.
“Queremos partir das lutas objetivas e buscar dar um sentido político comum a todas elas, apoiar-se nas greves que se espalham pelo país e nas lutas populares para fazer de 12 de junho o dia em que reergueremos as bandeiras que exigem Saúde, Transporte, Moradia, Educação, reforma agrária, salário e aposentadoria digna, por isso a importância de ser um movimento unitário”, afirmou o representante da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes.
O ANDES-SN irá integrar as manifestações em todo o país e uma delegação de diretores nacionais vai a São Paulo participar do ato na cidade onde acontece a abertura e o primeiro jogo da Copa do Mundo.
“Os docentes lutam diariamente por mais recursos para a educação pública, por uma carreira decente e valorização salarial, além da defesa intransigente dos direitos sociais. Enquanto isso, o governo destina bilhões para a Copa do Mundo, cujo principal legado será os lucros exorbitantes da Fifa, as remoções urbanas e a repressão ao livre direito de manifestação. Durante a Copa do Mundo é a oportunidade para nos juntarmos aos demais trabalhadores, estudantes e movimentos populares e mostrar a nossa indignação com todo este descaso”, ressalta Marinalva Oliveira, presidente do ANDES-SN, chamando todos os professores e professoras a integrarem os atos em suas cidades.
Em São Paulo, A sede da abertura da Copa enfrenta nesta quinta vários protestos. Um deles “Grande Ato 12 de Junho Não Vai ter Copa” foi organizado por seis coletivos e uma manifestação deve tomar conta da Itaquerão, palco da abertura do Mundial.
Mais protestos. No Rio de Janeiro estão agendadas ainda outras duas manifestações: uma às 15 horas em Copacabana e outras às 19 horas, na Cinelândia. Em Fortaleza, a manifestação está agendada para as 14 horas, na Feirinha da Beira-Mar. No mesmo horário ocorrerá o protesto no Recife. Em Brasília, a manifestação começou às 10 horas, em frente à Esplanada dos Ministérios.
Repressão.Na manhã desta quarta-feira (11), diversos ativistas foram detidos no Rio de Janeiro e levadas para a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) na Cidade da Polícia, na capital fluminense. Em Brasília, militantes do Comitê Popular da Copa no DF denunciaram na terça (10) estarem sendo alvo de investigação. Eles receberam a visita de homens não identificados se passando por representantes da Justiça Eleitoral. Segundo integrantes do movimento, o objetivo é intimidá-los, já que o grupo faz parte da organização das manifestações contra a Copa do Mundo.
*Ilustração de Carlos Latuff
Fonte: ANDES-SN (com edição Adufes)