Nesta sexta-feira, 13, às 10h30, na sede da Adufes (campus de Goiabeiras/Ufes, em Vitória), acontece mais uma assembleia geral da categoria. Desta vez para tratar do reajuste de 2014 dos planos de saúde Uniplan e Vitoriamed, ambos contratados com a Unimed.
Nos termos do contrato firmado entre a Adufes e a Unimed, anualmente é realizado o reajuste da mensalidade, e o mês em que isso ocorre (data base) é julho. As negociações entre a diretoria do sindicato e a operadora do plano de saúde estão em pleno andamento. O índice de reajuste necessário para a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro da carteira, segundo a Unimed, deveria ser da ordem de 26,73% e 29,77% para os planos Uniplan e Vitoriamed, respectivamente.
Pelo contrato firmado entre as partes, o reajuste é calculado através do acompanhamento do índice de utilização e das perdas inflacionárias dos últimos 12 meses (medido pelo IPC), bem como pela taxa de utilização do plano, com avaliação do desempenho econômico-financeiro da carteira, apurando-se o percentual de reajuste a ser aplicado, de maneira que seja suficiente para manter o equilíbrio do contrato.
As justificativas da Unimed – Um contrato equilibrado para a Unimed corresponde ao índice IU (Total de custos / valor das mensalidades) de 70%. Este índice, no período março 2013 a fevereiro de 2014, teve os seguintes valores nos contratos da adufes: 99,63% (Vitoriamed) e 97,10% (Uniplan). Assim sendo, ao se analisar a utilização dos beneficiários da carteira se percebeu um aumento considerável da utilização dos serviços, o que impactou na sinistralidade ( despesas maior do que receita). Além disso, ocorreu um acréscimo significativo dos custos médico-hospitalares.
Para a Unimed, o índice de reajuste necessário para a manutenção de tal equilíbrio econômico-financeiro seria da ordem de 26,73% e 29,77%. Na mesa de negociação, a diretoria da Adufes propôs que as mensalidades sejam reajustadas em 15%, porém a operadora considerou inviável aceitar tal índice. Alegou que o percentual necessário para manter qualquer contrato equilibrado durante o período deveria ser, no mínimo, na ordem de 20,05%.
A operadora deixou a reunião, que ocorreu na tarde de sexta-feira,13, prometendo estudar o reajuste de 20.05%, tendo em vista que o mesmo, conforme ela mesma admitiu, permitiria o equilíbrio entre despesas x receitas.
Batalha judicial. Durante a reunião, a Unimed deixou claro o desinteresse em manter ativo o convênio com o sindicato por causa das ações judiciais em curso. A diretoria da Adufes, por sua vez, manifestou o interesse em abrir diálogo em relação aos litígios judiciais e que esta intenção seja considerada nas negociações dos reajustes.
Plenária – Na Assembleia Geral de sexta-feira, 13, além de debater o reajuste das mensalidades de 2014, a categoria receberá informações sobre o andamento dos processos judiciais movidos pelo sindicato contra a operadora de saúde. A disputa judicial começou em 2011 e se arrasta até os dias atuais. A judicialização dos contratos, inclusive, não são específicos da Adufes. Constantemente os meios de comunicação têm divulgado o crescimento de ações judiciais contra os planos de saúde por causa dos reajustes abusivos e má prestação dos serviços.
Depósito judicial – Desde agosto do ano passado, por determinação judicial, a Adufes vem depositando em juízo parte dos valores das mensalidades pagas pelos associados. A determinação da justiça vem sendo cumprida à risca: 9,4% pago diretamente à Unimed e o restante da mensalidade depositado em conta judicial.
A atual diretoria da Adufes ressalta que não medirá esforços para garantir a manutenção dos dois planos de saúde (Vitoriamed e Uniplan), bem como a aplicação de índices de reajuste em patamares aceitáveis. “Vamos nos empenhar para evitar novo litígio judicial e garantir a diminuição do desequilíbrio financeiro, alegado pela Unimed, até o final de 2015”, ressalta o presidente da Adufes, Edson Cardoso. Ele lembra que qualquer acordo sobre índice de reajuste da mensalidade será decidido pela categoria em Assembleia Geral.
Fonte: Adufes