Nesta terça-feira (18) será realizado um ato em frente ao Consulado do México do Rio de Janeiro em solidariedade às famílias e amigos dos estudantes desaparecidos de Ayotzinapa, Iguala, no estado de Guerrero, México, e contra a chacina da juventude mexicana. O ato, de iniciativa do ANDES-SN, foi convocado pela CSP-Conlutas do Rio.
Segundo Luis Eduardo Acosta, 1º vice-presidente da regional do Rio de Janeiro do Sindicato Nacional, será entregue um documento, feio com base no manifesto divulgado por estudantes mexicanos e de outras nacionalidades, à embaixadora María Cristina de la Garza Sandoval cobrando explicações sobre o caso, punição aos responsáveis. “É um manifesto que está rodando na América Latina e nós endossamos e vamos dar ampla divulgação”.
Entre as exigências estão: a aparição e identificação dos corpos dos 43 normalistas, o fim de represálias e hostilidades aos estudantes da Escola Normal de Ayotzinapa, e de todos os estudantes em geral. E, ainda, punições aos envolvidos e uma investigação confiável, real e transparente.
“Vamos cobrar do governo do México esclarecimentos sobre o desaparecimento dos 43 estudantes de magistério, o que parece se configurar como uma forma de terrorismo de Estado. Precisamos ser solidários às famílias e estudantes e dar respostas a eles”, disse Acosta.
A organização convida todas as entidades e movimentos sociais a participar do ato e solicita que todas as pessoas se vistam de preto como forma de protesto à chacina da juventude mexicana.
Caso
No dia 26 de setembro, 80 estudantes rurais sofreram um ataque de policiais e paramilitares, resultando em mortos, feridos, detidos e 43 desaparecidos. O desaparecimento dos jovens culminou em uma onda de protesto no país e se espalhou pelo mundo. A visibilidade internacional do caso fez com que o governo mexicano iniciasse uma investigação que confirmou a entrega dos jovens, detidos pela polícia com autorização do prefeito de Iguala, à um grupo narcotraficante que atua naquela região. Os estudantes foram então assassinados e seus corpos queimados. Movimentos sociais, sindicais e estudantis – que há semanas organizam manifestações para exigir explicações sobre o caso – realizam enormes protestos em todo o México durante o final de semana. Muitos pediam, após a prisão do prefeito de Iguala, a responsabilização também do presidente do país e a renúncia do procurador geral mexicano, que em sua declaração disse que o governo federal não poderia ser responsabilizado.
Serviço
Ato de solidariedade
Data: 18 de novembro
Hora: 14 horas
Local: Consulado do México
Endereço: Rua Machado de Assis, 20, Flamengo, Rio de Janeiro
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