Plenária aprovou moções no encerramento do 34º Congresso do ANDES-SN

A mesa, comandada por Paulo Rizzo, presidente do Sindicato Nacional, realizou homenagens a lutadores sociais recentemente falecidos, aprovou moções e realizou a leitura da Carta de Brasília. A Plenária de Encerramento do 34º Congresso do ANDES-SN, em Brasília (DF), ocorreu na madrugada de sábado (28) para domingo. 

Suze Scalcon, vice-presidente da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Santa Maria (Sedufsm – Seção Sindical do ANDES-SN), e Hélio Moura, fotógrafo que trabalhou em muitos congressos do ANDES-SN, foram homenageados durante a plenária. Ambos faleceram recentemente.

Por fim, a secretária-geral do ANDES-SN, Cláudia March, leu a Carta de Brasília, resultado das discussões do 34º Congresso do ANDES-SN. O documento aponta para a necessidade da unidade dos trabalhadores na luta por seus direitos, e reafirma a defesa da educação pública, gratuita, de qualidade, laica e socialmente referenciada.

Paulo Rizzo, em sua fala de encerramento do congresso,  ressaltou a importância dos trabalhadores do ANDES-SN para a realização do evento, e elogiou as discussões dos delegados e observadores. “Os debates foram feitos de maneira madura, fraterna, leal e responsável. Todos aqui construíram o resultado positivo desse congresso. Me parece extremamente importante a decisão de participação no II Congresso da CSP-Conlutas, que não seja apenas formal, mas sim ativa”, afirmou.

Paulo Rizzo avaliou positivamente o congresso ao final da plenária. “O 34º Congresso foi altamente vitorioso porque teve participação ativa dos delegados. E foi possível, a partir da avaliação da conjuntura, afirmar um Plano de Lutas que vai ser implementado esse ano, e que vai mobilizar a categoria para enfrentarmos os ataques que estamos sofrendo”, disse o presidente do ANDES-SN.

Moções 

Foram aprovadas mais de 30 moções durante a plenária. Os delegados aprovaram uma moção de apelo ao governo do Piauí para que garanta autonomia financeira da Universidade Estadual do Piauí (Uespi). O congresso declarou seu apoio aos docentes da Regional Jataí da Universidade Federal de Goiás (UFG), que enfrentam processo de criminalização; aos trabalhadores terceirizados das instituições de ensino; aos educadores do Paraná em greve; a Gentil Couto Vieira, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), preso no Paraná; aos estudantes que boicotam o Enade; e à luta do povo grego por independência e liberdade; à ocupação Dom Tomás Balduíno em Corumbá (GO);

Também declaram apoio às 2 mil famílias despejadas em Teresina (PI); aos estudantes e professores bolsistas da Uespi que enfrentam atraso nos pagamentos; à luta pelo transporte público em Porto Alegre (RS); aos municipários da mesma cidade que podem perder 37% dos salários; aos aeroviários espanhóis demitidos por fazerem greve; à Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra as MPs 664 e 665; aos estudantes, servidores e docentes envolvidos no acidente de ônibus na entrada da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) em Erechim (RS); e aos educadores do Distrito Federal em luta por seus direitos.

Foi deliberado o repúdio do ANDES-SN à mercantilização da saúde; à nomeação de Cid Gomes para o Ministério da Educação (MEC); à prisão de militantes por motivos políticos; às medidas do governo do Paraná que retiram direitos dos trabalhadores; à regulamentação das atividades docentes na Universidade Estadual de Goiás (UEG); e à forma antidemocrática de aprovação da privatização do Hospital Universitário da UFG e na Universidade Federal de Tocantins (UFT).

Ainda declararam repúdio à aprovação de cota de passagens aéreas para cônjuges de deputados; ao assassinato do professor Claudio Peña, que lutava contra o desaparecimento de 43 estudantes no México; à Chacina do Cabula, que resultou na morte de 13 jovens em Salvador (BA); à interrupção da entrada de crianças nas creches da Universidade de São Paulo (USP); à criminalização dos movimentos sociais em Goiás; à operação da Polícia Federal na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) supostamente para combater o tráfico de drogas; e à ocupação militar da Favela da Maré no Rio de Janeiro (RJ).