Denúncias sobre condições de trabalho marcaram assembleia da Adufes

Apesar da presença de 29 docentes, a plenária dessa quarta-feira, 01, não foi deliberativa devido à falta quórum e, por isso, os pontos da pauta não foram votados.  Nova assembleia será realizada entre 17 a 24/04.

Mesmo com a expectativa inicial de avaliar o andamento da Campanha Salarial 2015 e discutir a Pauta Local, os professores presentes na Assembleia Geral da Adufes aproveitaram a presença dos pró-reitores de Desenvolvimento institucional e de Planejamento (Proad) e Administração da Ufes, Anilton Salles Garcia e Eustáquio de Castro, respectivamente, para relatar a precariedade da infraestrutura da universidade.

Os pró-reitores foram convidados pelo sindicato para participar da plenária a fim de prestar esclarecimentos sobre medidas de contenção de gastos e a relação disso com os cortes do orçamento anunciados por Brasília. “Do ponto de vista da lei orçamentária federal, a ufes não foi prejudicada com os cortes”, garantiu o pró-reitor da Proad, Anilton Salles Garcia.

No entanto, os pró-reitores fizeram questão de frisar que a situação das finanças da instituição não chega a ser ‘confortável’, mas atribuíram a situação principalmente ao não repasse de verba por parte do governo federal ocorrido no final do ano passado.

Tal contingenciamento teria levado a universidade a ‘otimizar’ contratos com empresas terceirizadas a fim de readequar despesas. “A liberação dos 3/12 avos do orçamento já foi normalizada”, garantiram.  De acordo com os pró-reitores, ontem mesmo (quarta-feira, 01), o governo federal teria liberado R$ 5,6 milhões para à Ufes. “A situação só não é confortável, porque tivemos que pagar este ano R$ 11 milhões referente a despesas de 2014, mas com essa liberação praticamente zeramos nossos compromissos”, afirmou Anilton.

Durante as falas dos pró-reitores foram muitas as críticas dos docentes em torno da precariedade de prédios, salas de aulas, laboratórios e obras inacabadas. “Um simples pedido de troca de tomada elétrica de uma sala de aula costuma levar meses”, criticou um professor, cobrando agilidade na prestação de serviços por parte da universidade.  

“No campus de Alegre, a precariedade é tanta que ventiladores quebram e não há técnico para agilizar o conserto. Os aparelhos de ar condicionados foram instalados há um ano e meio e estão até hoje sem funcionar porque a rede não suporta”, comentou o presidente da Adufes, Edson Cardoso.

Edson lembrou que o sindicato tem feito reuniões setoriais e, ainda, visitado os Departamentos para conversar com a categoria. “Em todos os locais, o que não faltam são reclamações. E a administração central da Ufes precisa dar um jeito nisso”, cobrou.

Medidas. O pró-reitor de Administração, Eustáquio de Castro, garantiu que a prioridade em 2015 é melhorar a infraestrutura física dos campi.  Estamos com 80 obras para serem feitas. Vamos resolver o problema do sistema elétrico dos campi, a precariedade de muitas salas de aulas,sendo que a prioridade será o ensino de graduação. De acordo com o pró-reitor, a previsão orçamentária da universidade para este ano foi de R$ 780 milhões, sendo que o valor aprovado pelo Congresso Nacional foi de R$792 milhões, ou seja, R$ 12 milhões a mais do projeto inicial.

Fonte: Adufes