Manifestações em defesa dos direitos dos/as trabalhadores/as marcaram esta sexta-feira

Movimento sindical e diversos movimentos sociais capixabas ocuparam mais uma vez, as principais vias de acesso da Grande Vitória, contra a terceirização, as MPs 664 e 665, os ajustes fiscais e em defesa dos direitos dos/as trabalhadores.  Na Ufes, a concentração começou às 6 horas. 

No Dia Nacional de Paralisação ocorreram manifestações em frente ao Prédio Federação das Indústrias do Estado (Findes) e em frente à Petrobras – ambas as instituições localizada na Reta da Penha. Outra manifestação foi realizada próxima a Assembleia Legislativa, na Enseada do Suá.

Um grupo de professores/as da Rede Municipal da Serra caminhou de Carapina até à Ufes, em Goiabeiras. Na universidade se uniram a outros sindicatos e movimentos que seguiram até à Findes. Durante todo ato em frente à Federação, representantes de diversos sindicatos e movimentos fizeram falas de protesto contra a PL 4330, contra os cortes e ajustes fiscais do governo e em defesa da luta unificada dos/as trabalhadores/as.

Rafael AtoO vice-presidente da Adufes, Rafael Vieira Teixeira, critica a escolha do executivo em cortar recursos dos/as trabalhadores/as, como educação, saúde e a previdência social, para sanar com a crise. “Não há razão para o governo promover cada vez mais cortes na Educação, na saúde pública e na previdência social. O ajuste fiscal não pode atingir as áreas que são essenciais para a população”, diz Rafael.

Para o diretor do Sindicato dos Bancários – ES, Derik Bezerra Machado, a paralisação é parte imprescindível para que os/as trabalhadores juntos possam construir um movimento forte e que leve à vitória.“Só os/as trabalhadores são capazes de lutar pela garantia de direitos dos/as trabalhadores/as. Por isso, mais uma vez, estamos nos manifestando de forma unificada nas ruas da Grande Vitória”, salienta.

Terceirização. Na oportunidade, os/as professores/as da Rede Municipal da Serra demostraram descontentamento com a PL 4330. “O projeto da terceirização só vai regulamentar e consolidar a precarização do trabalho nas escolas públicas. As humilhações, a insegurança e a falta de regularidade no trabalho vão se intensificar, prejudicando ainda mais a educação”, salienta a professora Eliete Brito.

Salários menores.Em estudo elaborado pelo Dieese recentemente, mostra que os/as trabalhadores/as terceirizados (que somam cerca de 12,7 milhões) recebiam, em dezembro de 2013, 24,7% a menos do que os que tinham contratos diretos com as empresas. E tinham uma jornada semanal de três horas a mais.

“Os efeitos da terceirização vêm se agravando fortemente e não podem ser aceitos pela sociedade brasileira, não podem ser aceitos por uma sociedade que busca um desenvolvimento pautado pela priorização da vida, pela igualdade de direitos, pela distribuição de renda e inclusão social, articulados pela valorização do trabalho”, enfatiza o estudo.

Movimento do Campo. Para o representante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Dione Albani, os cortes do governo também podem ser perecebidos no campo. “Lutamos contra os mais de 50% de cortes feitos ao Ministério da Agricultura por conta dos ajustes fiscais. Lutaremos para que os/as pequenos/as agricultores/as não paguem a conta de anos de privilégios, através de investimentos e financiamentos ao agronegócio”.faixas

Fonte: Adufes