Estudantes vão às ruas contra os cortes de verbas na educação

A marcha será nesta terça-feira, 11, Dia do Estudante, e sairá do Ifes, na Avenida Vitória. A concentração será às 16 horas, na pracinha de Jucutuquara, onde haverá oficina de cartazes dos/as discentes.

Não à redução! Não aos cortes de Dilma na educação! É com esse lema que nesta terça-feira, 11, estudantes da Ufes e do Instituto Federal de Educação (Ifes) vão protestar contra os cortes no orçamento para Educação e outras medidas de austeridade do governo federal. De acordo com os organizadores do movimento, o ato também vai reunir alunos/as de escolas da rede municipal e estadual da Grande Vitória.

“No dia do estudante, nós vamos levar nossa indignação pra rua”, diz Suelen Cruz, estudante do Serviço Social da Ufes.  O ato, segundo ela,  faz parte da jornada nacional lutas contra  a redução e os cortes na educação. Um panfleto, assinado pela Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL) e diversos movimentos sociais e populares, será distribuído durante o protesto.

O documento chama atenção para a crise econômica que tem corroído as condições de vida dos trabalhadores/as e da juventude. “As medidas de austeridade, cortes, desempregos, sucateamento dos serviços públicos e os ataques aos direitos são os mandos do imperialismo em todo o planeta. No Brasil, o Governo Dilma também escolheu um lado diante da crise, e não foi o dos trabalhadores”, ressalta o panfleto.

As entidades lembram que docentes e trabalhadores técnico-administrativos de diversas universidades estão em greve há mais de dois meses contra os cortes de verbas no setor.  De acordo com o manifesto, os estudantes também estão se organizando em diversas instituições de ensino.  “A greve estudantil já foi instaurada na UFRJ, UFF, UNIRIO, UFMS, UFGD, UFG, UFPB, UFBA, além das estaduais baianas. A luta estudantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é exemplo que deve se espalhar por todo o país”, diz, garantindo que as universidades podem parar por total falta de recursos.   

Cortes na Educação. No início deste ano, o Ministério da Educação (MEC) reduziu em um terço o repasse da verba das universidades federais, o que implicou num corte mensal de R$ 586 milhões, por três meses, num total de R$ 1,76 bilhões. Em julho, o corte na pasta da Educação foi de R$ 9,4 bilhões. Há duas semanas, o governo anunciou mais outro bloqueio nas áreas sociais e a Educação foi novamente atingida, dessa vez com corte da ordem de R$ 1 bilhão. O novo corte eleva para mais de R$ 12 bilhões a redução das verbas públicas destinadas para a Educação Federal. 

Fonte: Adufes