Adufes abre inscrições para atos em Brasília


Sindicalizado/a que queira participar das atividades em repúdio ao ajuste fiscal do governo deve procurar a secretaria da Adufes até segunda-feira, 21, às 15 horas. O contato deve ser feito pelo e-mailadm@adufes.org.br ou pelo telefone 3235-9294, falar com Janice, que providenciará passagens e hospedagens. 

Diante da conjuntura e do novo pacote de ajustes apresentado pelo governo federal, o Sindicato Nacional dos Docentes (Andes-SN) e as seções sindicais nos estados estão organizando a ida,na semana que vem, dos/as docentes para manifestações em Brasília. Na quarta-feira, 23,a categoria participa de manifestação dos Servidores Públicos Federais na Esplanada dos Ministérios. Já na quinta-feira, 24, docentes das instituições federais de ensino retornam às ruas da capital federal para denunciar como a educação pública está sendo maltratada pelo governo que se intitula “Pátria Educadora”.

Em reunião realizada na terça-feira, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais definiu pela realização de um dia nacional de paralisação do serviço público (23/09).  Foi consenso entre as 23 entidades nacionais do funcionalismo federal, a realização das atividades de repúdio e rejeição aos novos cortes anunciados, que retiram mais direitos dos trabalhadores, confiscam os salários dos servidores, congelam a realização de concursos públicos e aprofundam o desmonte do serviço público, atacando o direito da sociedade a serviços públicos, gratuitos e de qualidade.

 Leia abaixo mais detalhes das medidas anunciadas pelo governo Dilma
O pacote anunciado na tarde de segunda-feira (14) amplia os cortes no orçamento para manter o pagamento de juros e amortizações da dívida ao sistema financeiro, atingindo diretamente o serviço público e programas sociais.

Entre as medidas previstas estão o congelamento dos salários dos servidores federais até agosto de 2016, o congelamento dos concursos públicos, cortes no Minha Casa, Minha Vida, e a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

O anúncio foi feito por Joaquim Levy, ministro da Fazenda, e Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão. A expectativa do governo federal é “economizar” R$ 26 bilhões, respondendo assim às pressões do sistema financeiro, que recentemente rebaixou a nota de grau de investimento do país. Caso o Congresso Nacional aprove a volta da CPMF, o governo prevê arrecadar R$ 32 bilhões a mais no próximo ano.

No que toca diretamente o serviço público, os ministros anunciaram que o governo federal pretende suspender a realização de concursos públicos, cujos gastos em 2016 estavam estimados em R$ 1,5 bilhão. Além disso, o governo quer ‘economizar’ R$ 7 bilhões, congelando o salário dos Servidores Públicos Federais (SPF) ao adiar o reajuste salarial para agosto de 2016.

O governo segue assim privilegiando o sistema financeiro em detrimento de realizar investimentos que favoreçam os trabalhadores. As medidas são para beneficiar o capital, o ajuste fiscal é promovido para manter a lucratividade do Capital. Todas as medidas anunciadas atentam contra os trabalhadores, seja do setor público, seja do setor privado.

As propostas atacam diretamente o serviço público, adiando o reajuste salarial e congelando os concursos. O pacote foi anunciado no momento em que centenas de milhares de trabalhadores do serviço público, em greve, discutem nas assembleias as condições para aceitar um acordo de dois anos com liberação de concursos e outras indicações.

O anúncio do pacote de cortes mostra que o governo quer empurrar o reajuste dos SPF, que já é abaixo da inflação, para agosto do ano que vem. Isto demonstra, sem sombra de dúvidas, que o governo federal busca de todas as formas, transferir o ônus da crise para as costas do conjunto da classe trabalhadora.

Os trabalhadores e a juventude têm sido atingidos diretamente por essas medidas relativas ao serviço público. A universidade já vive com outros cortes no orçamento, e o que se vê é que há disposição para aprofundar ainda mais os cortes e ataques. A educação foi uma das áreas mais afetadas, tendo perdido, desde o início do ano, mais de R$ 11 bilhões de seu orçamento.

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 Fonte: Adufes