Docentes de diversos estados protagonizaram diversas ações na segunda (5) no Dia Nacional de Luta e Mobilização em Defesa da Educação Pública
Docentes federais em greve de todo o país realizaram na segunda-feira (5) o Dia Nacional de Luta e Mobilização em Defesa da Educação Pública. Em diversos estados e em Brasília (DF) foram desenvolvidas ações para marcar a data em que deveria ocorrer a reunião entre o Comando Nacional de Greve (CNG) dos docentes federais e o ministro da Educação. A atividade foi deliberada pelo CNG do ANDES-SN, após consulta às bases e divulgada por meio do Comunicado 43 (aqui) e pelo Comunicado Especial VII (aqui). Os docentes federais protagonizam a greve mais longa da história das Instituições Federais de Ensino (IFE), já são 128 dias sem respostas por parte do governo federal que atendam à pauta de reivindicações dos docentes.
Na capital federal, centenas de professores de diversos estados do país responderam a convocação do CNG e participaram do ato, em unidade com o Sinasefe, e com a presença do movimento estudantil, em frente ao Ministério da Educação (MEC). Durante todo o dia, ocorreram aulas públicas sobre o Orçamento da União e a Dívida Pública e sobre a situação dos Institutos Federais, além de intervenções artísticas. No entanto, no final da atividade, a polícia usou da violência para reprimir os participantes, com o uso de cassetetes e spray de pimenta contra professores e estudantes. (Veja aqui)
No Maranhão, os docentes da Universidade Federal do Maranhão (Ufma) atenderam ao chamado do Comando Local de Greve (CLG) e protagonizaram um ato público na universidade. Eles panfletaram em frente à entrada principal da instituição, em apoio à manifestação que ocorreu na mesma data em Brasília, e contra os cortes na Educação, que já ultrapassam os R$ 11 bilhões, parte do ajuste fiscal promovido pelo governo federal.
No Amazonas, professores e técnicos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) realizaram um ato unificado. A atividade teve início com panfletagem no Bosque da Resistência, localizado na entrada do campus universitário, e seguiu para o hall da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), onde ocorreu a Feira de Livros Ajuri da Autonomia.
Docentes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG) construíram um ato público em frente à sede da Associação dos Professores de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apesjf- Seção Sindical do ANDES-SN). Balões pretos colocados em frente a seção sindical simbolizavam o luto pela falta de diálogo por parte do governo federal, que não negocia com o movimento docente. Os professores realizaram panfletagem e uma reunião pública do CLG. O ato teve ainda a participação de um grupo de teatro do Colégio de Aplicação João XXIII, com a perfomance “Parou Por quê?”.
Docentes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) participaram do calendário de mobilizações e realizaram uma aula pública no centro de Petrolina (PE), na Praça do Bambuzinho. Entre os temas abordados estavam a Criminalização da Pobreza e a Educação Pública. Segundo os docentes, os cortes feitos pelo governo federal na área da Educação, apenas neste ano, prejudicaram drasticamente as atividades de ensino, pesquisa e extensão. Além de ocasionar a demissão de 230 trabalhadores terceirizados.
Na Paraíba, docentes e estudantes da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) também se uniram e realizaram uma manifestação em frente ao portão principal da instituição para denunciar a comunidade acadêmica a precariedade das Instituições Federais de Ensino (IFE).
No Piauí, a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi SSind.) organizou mais uma manifestação em favor da educação pública de qualidade, na praça Pedro II, localizada na área central da cidade de Teresina (PI), durante toda a manhã. A intenção era informar a população sobre a luta dos docentes em greve e pedir apoio ao movimento grevista.
No Instituto Federal do Piauí (Ifpi), a Seção Sindical dos Docentes do Ifpi (Sindifpi SSind.) e o CLG da instituição promoveram uma coletiva de imprensa, com café da manhã, no campus central do instituto, para informar a imprensa sobre os quatro meses da greve dos professores das IFE.
Professores da Universidade Federal Fluminense (UFF) também aderiram ao Dia Nacional de Luta e organizaram uma manifestação em defesa da educação pública, durante toda a tarde na Praça Arariboia, no Centro de Niterói (RJ). O protesto também é contra os cortes orçamentários na Educação.
*Com imagens de Adufpi-SSind e Cláudia Durans
Fonte: ANDES-SN