Trabalhadores rurais seguem ocupando SEDU pelo acesso à educação

Os/as trabalhadores/as ocupam há quatro dias a Secretaria de Estado da Educação (SEDU) para exigir a manutenção das escolas do campo pelo governo Paulo Hartung.

Cerca de 500 trabalhadores/as seguem acampados em frente à Secretaria (SEDU), na tentativa de avançar nas discussões sobre a educação do campo no estado.  Eles não pretendem deixar o local, até que o secretário Haroldo Correa Rocha apresente novas propostas à pauta de reivindicações. 

Os/as camponeses/as estão em mobilização na Capital desde a manhã dessa segunda-feira (16), mas só conseguiram se reunir com o secretário Haroldo Rocha no dia seguinte à noite, mesmo assim, após muita pressão e protestos na Sedu. O diálogo, porém, mais uma vez não avançou, já que o secretário não apresentou proposta à pauta da educação do campo.

Pauta: Entre as reivindicações dos/as Sem Terra está a continuidade do projeto de educação das escolas de assentamentos do estado e a criação do projeto de Educação de Jovens e Adultos (EJA) para o ensino médio no meio rural; o reconhecimento imediato da pedagogia da alternância em tempo integral nas escolas do campo; a aprovação das diretrizes operacionais das escolas dos assentamentos; a nucleação de turmas das escolas do campo. 

As ações pela educação acontecem em todo o estado desde o começo do mês de fevereiro. Já foram realizadas ocupações na sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Vitória, e na Secretaria Regional de Educação do município de São Mateus.

Determinação judicial. A posição do secretário Haroldo Rocha contradiz a própria Justiça estadual, que determinou ao governo a reabertura de turmas, turnos e escolas até esta sexta-feira. A determinação atende a uma liminar em ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual (MPES).

*Com informações do MST

Fonte: Adufes