Na plenária, ocorrida na manhã dessa terça-feira, 07, na sede da Adufes, a categoria autorizou a diretoria do sindicato a manter a negociação com a cooperativa de saúde, porém o índice de reajuste não pode ultrapassar a 5%. Os docentes lembraram que, no ano passado, na negociação com a Unimed o índice de reajuste foi de 30% – superior a inflação do período – e , portanto, a operadora teve ganhos acima do mercado.
Para muitos, o novo acordo deveria se basear em reajuste zero. Isso porque o plano da Adufes apresenta bom desempenho, conforme admitido recentemente pela própria operadora. Além disso, o índice proposto pela Adufes é compatível com o reajuste salarial da categoria previsto para agosto de 2016.
Fim do PEA. A extinção do Plano de Extensão Assistencial (PEA) da Unimed foi motivo de críticas e de revolta entre os presentes na plenária. O benefício foi retirado do contrato na gestão anterior da Adufes, sem autorização prévia da categoria. O PEA permitia que, em caso de morte do titular, os dependentes (até 24 anos) recebessem assistência por cinco anos sem pagar mensalidade à Unimed.
“Temos recebido inúmeras reclamações de docentes que se sentem prejudicados com a perda do benefício”, lembrou o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto. Por isso, a atual diretoria apresentou na plenária a proposta de contratação de um seguro-saúde em substituição ao PEA. “Tentamos reaver o PEA, mas a Unimed se mostra irredutível. O nosso ‘plano B’ seria um seguro de vida coletivo”, disse o Tesoureiro da Adufes, Leonardo Dutra. Após ampla discussão foi decidido que este assunto será apreciado em outra assembleia.
Quanto ao PEA, os docentes entenderam que a retirada do benefício ocorreu de forma arbitrária. Assim sendo, os professores pediram que a Adufes envie por e-mail aos seus associados as atas das assembleias de 2015 em que a Unimed tenha sido ponto de pauta. Os documentos, conforme garantiu a atual diretoria, serão enviados em breve.
Inadimplência. Outro assunto que levantou polêmica foi a inadimplência dos boletos da Unimed. O Tesoureiro da Adufes, Leonardo Dutra, apresentou dados que comprovam que atualmente o sindicato desembolsa cerca de R$ 117 mil para cobrir faturas de usuários devedores. “Esse é um item que nos preocupa. Se um professor não paga em dia ou simplesmente sai do plano devendo, quem fica com a dívida é o sindicato”, alertou Leonardo.
Ele lembrou que cartas de cobranças são enviadas aos devedores após três meses de inadimplência. Em algumas situações, o sindicato chega a renegociar a dívida, parcelando os valores. Entretanto, muitos ainda assim não pagam os boletos.
Para evitar riscos para o sindicato, a categoria aprovou a cobrança judicial após 60 dias de inadimplência e o cancelamento do plano. “De qualquer forma, vamos continuar chamando esse professor para uma conversa. Sabemos que o arrocho salarial é grande e há sempre aqueles que não conseguem honrar com seus compromissos”, lembrou o presidente do sindicato, professor Rocha.
Fonte: Adufes