Seis pessoas são mortas e 108 ficam feridas em protesto pela educação no México

Seis pessoas foram assassinadas e 108 ficaram feridas no distrito de Asunción Nochixtlán, estado de Oaxaca, no sul do México durante uma manifestação em defesa da educação. Professores, estudantes e população bloqueavam há uma semana a estrada de acesso ao distrito, quando foram surpreendidos na manhã de domingo (19) por cerca de 800 policiais federais e do estado que chegaram ao local – em helicópteros e aviões -, usando gás lacrimogêneo e atirando contra os manifestantes, segundo a matéria publicada pelo site Desinformémonos. Os manfestantes são contra reforma na educação feita pelo governo mexicano, que reduz drasticamente os direitos dos docentes, e contra a prisão arbitrária de lideranças da Coordenadoria Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE). 

Conforme a matéria publicada pelo site mexicano, moradores de Nochixtlán e de municípios vizinhos relataram que o ataque policial aos manifestantes foi brutal e que mulheres, homens, crianças e idosos foram alvos da polícia. A ordem dada era: “Atirem para matar”. 

Foram assassinados: Andrés Aguilar Sanabria, 23 anos, professor de Educação Indígena; Antonio Perez Garcia, estudante do ensino médio; Yalid Jiménez Santiago, 28 anos, do município de Santa Maria Apazco; Anselmo Cruz Aquino, do município de Santiago Amatlán; Oscar Nicolas Santiago, de Tolantongo Flowers; e Jesus Cadena, 19, estudante de Assunção Nochixtlán.

Ainda de acordo com o Desinformémonos, a polícia mexicana impediu o atendimento dos feridos no Hospital Civil Nochixtlán, que foram socorridos na Paróquia de Nossa Senhora da Assunção de Nochixtlán por paramédicos e voluntários.

População reage. 
O ataque aos manifestantes irritou a população local que incendiou a prefeitura. O confronto continua e sinais de fumaça foram vistos no vale de Nochixtlán, onde fica concentrada a maior parte da população. Professores pediram apoio das comunidades próximas, como Mixteca, e habitantes dos povoados vizinhos reforçam as barricadas para impedir o avanço das forças militares federais.

Com informações de Desinformémonos

Fonte: ANDES-SN