O 1º filme da agenda cultura do Cine Debate Adufes, Cabra Marcado para Morrer, abordou a trajetória dos militantes das Ligas Camponesas no Nordeste, no Regime Civil-Militar.
“É melhor morrer lutando do que de fome”. A frase é de Elizabeth Teixeira, viúva de João Pedro Teixeira, líder camponês da Paraíba, assassinado em 1962. O documentário que foi iniciado em 1964, com o apoio do CPC da UNE, e interrompido no mesmo ano (com o apoio do golpe militar), foi retomado 17 anos depois.
O vídeo conta com depoimentos dos camponeses que trabalharam nas primeiras filmagens e também de Elizabeth, que desde dezembro de 1964 vivera na clandestinidade. “As Ligas Camponesas foram associações de trabalhadores rurais criadas em Pernambuco, posteriormente na Paraíba e em outros estados Brasileiros, que exerceram intensa atividade pela luta contra a exploração dos camponeses”, comentou emocionado o professor do Centro de Educação, Júlio Francelino Filho, que nasceu na Região do Sapé, na Paraíba.
A professora aposentada Laura Maria Schneider aprovou a iniciativa. “A exibição do filme é uma ação muito importante, que possibilita fortalecer a base. E é também uma forma de atrair os aposentados para as atividades do sindicato. A Adufes está de parabéns”, destacou a docente que não vê a hora de poder participar da próxima sessão.
O Cine Debate é uma realização do Grupo de Trabalho de Política e Formação Sindical da Adufes (GTPFS). “O objetivo da atividade é proporcionar reflexões sobre temas variados e de interesse da categoria”, disse o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto. Ele destaca ainda que a proposta é de realizar uma sessão por mês.
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Fonte: Adufes