Adufes recepciona novos docentes e lembra importância do sindicato

A Adufes está mais forte, pois mais professores estão se filiando à entidade e engrossando a luta por melhores condições de trabalho, carreira e ensino. 

Recepcionar os novos docentes e convidá-los a se aproximarem do sindicato. Foi desta forma que a Adufes deu as boas vindas aos 48 novos docentes na tarde de segunda-feira, 11, no campus de Goiabeiras/Ufes, em Vitória. Os novos companheiros, que tomaram posse recentemente mediante concurso, foram saudados pelo presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto, e pelo Tesoureiro, Leonardo Dutra.

Os novatos tiveram a oportunidade de conhecer um pouco a história da entidade e do sindicato nacional (ANDES-SN), além das lutas da categoria contra a retirada de direitos, por mais condições e valorização do trabalho.  “A luta incansável da entidade já dura 38 anos. Infelizmente, são muitos os ataques e desrespeito, mas sem luta e sem mobilização nenhum sindicato avança nas conquistas”, pontuou Rocha.

O presidente lembrou que a atuação sindical também envolve questões sociais e políticas, e, por isso, a Adufes tem em seu histórico a defesa de uma educação gratuita, laica, inclusiva e de qualidade. Falou também da atuação jurídica da entidade em favor dos docentes e de serviços ofertados, enfatizando convênios de saúde, telefonia, lazer e educacional.

Novas filiações. O resultado deste trabalho é o fato de vários dos empossados já terem se filiado ou, então, demonstrado interesse em integrar o quadro da entidade. A professora do Departamento de Educação, Ileanie Wenetz, que deixou o Paraná para morar no Espírito Santo, fez questão de passar na Adufes para conhecer o sindicato.“Já estou filiada e, inclusive, já fiz o plano de saúde Unimed”, disse.  


kit de boas-vindas da Adufes. Já o mineiro Lúcio Vaz de Oliveira, que assumiu a vaga no Departamento de Filosofia, saiu da palestra carregando uma ficha de professor lucio vazfiliação. “Vou dar uma lida em tudo”, destacou enquanto folheava o kit de boas-vindas distribuído pelo sindicato.

Na pasta, cartilhas sobre o estágio probatório, Funpresp, calendário de mesa, bloco para anotação personalizado e informativos do sindicato.  

Funpresp.  A Adufes aproveitou o encontro com os novos docentes para alertá-los sobre os problemas da adesão ao Funpresp, Recentemente, o governo federal impôs à adesão automática dos servidores públicos, estabelecendo prazo de 90 dias, após a data, para fazer a desistência ou a confirmação ao fundo. “Dá muito trabalho para desfazer a adesão. Depois de conseguir registrar minha desistência, verifiquei em meu contracheque que o desconto continuou”, relatou um docente.

0 presidente da Adufes esclareceu que o Funpresp é um fundo de pensão privado que especula com o dinheiro dos contribuintes no mercado, sem garantia de retorno financeiro.  A adesão automática, disse, contraria à Constituição e que a Campanha do ANDES-SN Diga Não ao Funpresp-Exe foi determinante para baixa adesão da categoria ao regime de previdência. “Alguns fundos tem falido, isso no mundo inteiro, porque são mal administrados. Na hora de receber sua aposentadoria você não tem aquilo que era esperado”, alertou Rocha. 

Mercantilização da educação. Rocha esclareceu também sobre vários projetos, entre eles a PEC 395/14 e PLC 77/15, que permitem o financiamento das Ifes pela iniciativa privada. A PEC 395/14 põe fim à gratuidade dos cursos de especialização, enquanto o novo Código de Ciência, Tecnologia e Inovação – proveniente do PLC 77/2015 – ampliou a consolidação das Parcerias Público-Privadas na área de Ciência e Tecnologia.

O novo Código lembrou Rocha, estimula que docentes em Dedicação Exclusiva se tornem empreendedores, criando ICTs dentro das instituições para captar recursos. “Isso é uma grave ameaça aos interesses da maioria da sociedade brasileira, em favor da lógica privatizante”, finalizou. 

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Fonte: Adufes